Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

Comunismo e constituição

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 17 de janeiro de 1937, N. 227, pag. 2

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Um dos fatos mais estranháveis havidos durante o processo dos comunistas presos quando da intentona de Novembro de 1935, foi a atitude de alguns réus a qual, conforme declarações do Cel. Costa Netto, obedece a um plano pré-estabelecido, com o único e imperioso objetivo de achincalhar a justiça e provocar confusões.

Essa tentativa de achincalhamento da justiça é a atitude mais incoerente que poderiam tomar esses comunistas, e por isso mesmo, perfeitamente dentro da lógica vermelha, que é a negação de qualquer lógica coerente...

Pois qual era o fim daquela revolta? Não era tão somente a destruição do regime vigente e, portanto, em primeiro lugar, extinguir a Constituição?

A atitude insólita daqueles réus, perante os magistrados, seria plenamente justificável, dentro da lógica comunista. Mas, apelar para uma pretensa inconstitucionalidade daquele tribunal... já está fora de qualquer lógica, mesmo da comunista.

E conseguiram alguma coisa com isto?...

A atitude de um general e a de alguns jornais sistematicamente oposicionistas foram o reflexo deste desacato. Já foi algum sucesso.

Não sem tempo, portanto, veio a decisão da Corte Suprema afirmando a constitucionalidade do Tribunal.

Esperemos agora, o que já estará dentro da lógica comunista, que os réus não neguem a constitucionalidade da Corte Suprema, e que não apareçam outros positivistas, a acolitá-los e outros jornais a prestigiá-los.

E tudo isto, em plena vigência da Lei de Segurança Nacional, e em estado de guerra...


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