Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Exército e autoridade

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 17 de janeiro de 1937, N. 227, pag. 2

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Para libertarem-se da balbúrdia contemporânea, as nações voltam-se para a classe militar que melhor encarna o princípio de autoridade.

Referindo-se a esse fato, o marechal Franchet d’Esperey pronunciou um discurso que foi publicado pela “Revue des Deux Mondes”, publicação de orientação inteiramente laicista.

Com a autoridade de um velho cabo de guerra diz esse marechal:

É preciso buscar um fundamento suficiente para a autoridade sem o que teremos opressão ou anarquia. E a fonte de toda ordem militar está nessa palavra do centurião do Evangelho: “Eu sou um homem submetido a outros, digo a um de meus soldados: vem, e ele vem.” Mas onde estará o primeiro elo da cadeia? Diante de que princípio se inclinará aquele que não reconhece superior? “Todo poder vem de Deus”, diziam os nossos antepassados. E o Estado e todas as outras autoridades nada mais são do que reflexos desse princípio.”

Se não estiver fundamentada em Deus, diz em suma o grande marechal francês, a autoridade será sinônimo de opressão. Não há autoridade sem Deus.

E isto faz-nos pensar no exército brasileiro. A primeira República, com sua sede de laicismo, tirou Deus dos nossos quartéis, suprimindo assim a fonte única da verdadeira autoridade.

Esse erro foi em parte sanado pela Constituição de 1934 que estabeleceu a assistência religiosa para as classes armadas. Entretanto esse preceito constitucional ainda não foi regulamentado e, portanto, não pode ainda ser posto em prática.

Qual a razão dessa demora? Será o assunto de importância secundária?

Melhor do que nós responde a experiência e a autoridade do marechal d'Esperey.


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