Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Se fôssemos “peceístas”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 3 de janeiro de 1937, N. 225, pag. 2

 

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Informa o “Diário” de Belo Horizonte, que o Sr. Deputado Adalberto Corrêa acusou o ex-Governador de nosso Estado de ter exigido a soltura dos comunistas recentemente restituídos à liberdade. E acrescenta o órgão católico de Minas que nenhum dos membros da bancada “peceista” desmentiu o deputado rio-grandense.

Não somos peceistas, nem integralistas. E nunca nos constou que alguém nos suspeitasse de parcialidade para com qualquer dessas correntes. A única parcialidade política de que fomos acusados é com o comunismo! Di-lo a “Ofensiva”.

No entanto se fôssemos peceistas, pediríamos ardentemente ao Diretório do P.C. que desmentisse quanto antes tal notícia.

Não é possível que, no momento em que tantos paulistas sonham com o Sr. Armando de Salles Oliveira como futuro Presidente da República, os correligionários de S. Excia. deixem pesar sobre seu nome uma tão grave acusação.

À própria inteligência lúcida do Sr. Armando de Salles Oliveira, não escapará a dureza do golpe que lhe desferiu ou quis desferir o Sr. Alberto Corrêa.

Realmente, que confiança poderá merecer o ex-governador de São Paulo, se realmente procedeu dele o gesto infeliz de soltar “intelectuais” comunistas que, muito a tempo haviam sido encarcerados pela Polícia?

Por que permitirá a direção do P.C. que pese sobre Sua Excelência uma tão grave interrogação?

Francamente, se fôssemos peceistas, não deixaríamos parada no ar essa acusação. Porque, enquanto não for desmentida, parecerá verdadeira...


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