Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

O espírito da luta espanhola

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 13 de dezembro de 1936, N. 222, pag. 2

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Há na luta espanhola um aspecto que até agora não foi bastante focalizado: é o seu sentido espiritual. E parece-nos necessário dar-lhe o devido realce. É inútil pretender ver na reação anticomunista que se desenvolve na pátria de Santo Inácio de Loyola apenas uma reação de partido. Certamente, muitos dos que nela se acham empenhados não apreendem o seu sentido profundo que é primordialmente o da luta por Cristo, contra os Seus inimigos. E é esse o aspecto mais nítido dessa luta, que abre talvez para o mundo a nova Idade Média, a que se refere Berdiaeff.

E a Espanha mais uma vez toma o seu papel de defensora de Cristo, como se deu quando, na batalha de Mulberg, contra os luteranos, o imperador Carlos V viu no solo um Crucifixo com os braços quebrados e ajoelhando-se em meio ao fogo, clamou:

“Oh Cristo! Concede-me que possa vingar a injúria que te fizeram!”

Um jornal católico de Burgos escreveu recentemente, recordando o fato de Mulberg:

“Hoje a Europa e o mundo quebraram os braços do Crucifixo de Mulberg e passam ao largo procurando novas modas políticas e sociais... mas a Espanha o levantou do solo e ergue sobre a turbamulta do comunismo o velho Crucifixo das batalhas espanholas, colocando-o sobre suas casas e sobre o peito de seus soldados...”


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