Plinio Corrêa de Oliveira

Legionário, 6 de dezembro de 1936, N. 221, pag. 2

Realizam-se hoje ordenações sacerdotais, e é com alegria que vemos assim crescer o número dos ministros do altar. O mundo está, com efeito, à beira de um abismo, atingido por uma violenta crise eminentemente moral e religiosa, que nuns países se apresenta sob a forma de um paganismo nacionalista, em outros sob a forma de comunismo, perseguidor da Igreja e inimigo de Deus. E qual a causa dessa grave situação a que chegou nossa civilização?

Não a devemos procurar senão na apostasia dos homens, que abandonaram a Cristo, e com Ele a vida espiritual, para se entregarem ao materialismo mais absoluto. E uma das razões dessa apostasia está na ausência de um Clero numeroso e dedicado: os homens desconhecem os princípios da doutrina cristã devido à escassez de sacerdotes. E não é essa uma verdade facilmente verificável?

Ninguém desconhece o trabalho exaustivo dos párocos, e ninguém deve ter deixado de notar que as grandes manifestações religiosas realizadas numa cidade de mais de 1.000.000 de habitantes, como é a nossa, deveriam ter uma concorrência muito maior.

Graças a Deus, porém, o número de sacerdotes aumenta e no dia de hoje podemos nos rejubilar porque novos elementos trazem nova força ao nosso sacerdócio.