Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

O cilício do convento

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 22 de novembro de 1936, N. 219, pag. 2

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O jornal comunista de Madri a que nos referimos acima, “Mujeres Libres”, publica um interessantíssimo comentário. Os marxistas invadiram em Talavera del Tajo um convento de freiras, e diz o noticiarista:

“Encanta-nos recolher as estampas pintadas... as estampas - Corações de Jesus e de Maria. Mas, ainda, há algo terrível. Alguma coisa abandonada e simples, atirada a um canto, como pobre coisa quebrada. Um cilício. Agudas pontas sobre o couro que há de cingir a cintura. Agudas pontas que farão sangrar... etc.”

Isto diz o jornal comunista de Madri. E isto nos permite observar o seguinte:

1) Os conventos não são “depósitos de armas”, pois os próprios marxistas confessam ter recolhido “estampas” e um “cilício”.

2) A vida de sacrifícios das religiosas, como aliás dos religiosos não é um mito, tem uma história antiga. É a coisa mais atual que possa haver, e a prova está nesse cilício de “pontas agudas que farão sangrar...”

Mas, a que conclusão chegam os marxistas de Madri, diante da evidência dos fatos? Ao sentimentalismo mais burguês, a “uma profunda pena por essas inúteis vidas contemplativas que passaram, dizem eles, como a água que não rega e a lâmpada que não arde”. E querem os comunistas explicar, com Freud na mão, a sublimidade dessas almas de elite que nos conventos adoram continuamente a Deus, e assim servem sobrenaturalmente ao resto da humanidade. E pretendem, diz o jornal, “ensinar-lhes que seu céu está aqui”!...

E é talvez por isso que as matam, dando-lhes o verdadeiro Céu e, quem sabe (a Misericórdia Divina é imensa!), preparando-o para eles criminosos, pela intercessão de suas vítimas...


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