Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Nomes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 15 de novembro de 1936, N. 218, pag. 2

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Há algumas semanas foi publicada uma recomendação das Autoridades Eclesiásticas, relativa aos nomes impostos aos batizandos. Esse aviso destacava a necessidade de se instruírem os pais nesse assunto, muito mais importante do que à primeira vista possa parecer.

Oportuna mais essa prova da solicitude com que a Autoridade Arquidiocesana procura promover a elevação espiritual dos fiéis, tanto mais quando se nota na sociedade de hoje o esquecimento daquele piedoso costume de se dar nomes de Santos às crianças. Hoje, troca-se a proteção de um santo onomástico, pelo sabor mundano de um “astro” da tela, ou pelo exotismo de algum figurão adventício no cartaz do dia.

Não é só o lado religioso que se quer acautelar. Quantas vezes uma paixão momentânea ou uma exaltação passageira ou o capricho fútil dos progenitores acarretam ao filho a condenação de ostentar nomes frequentemente ridículos, ou mesmo apelidos que são representativos das preferências ideológicas ou políticas dos pais, e que estarão mais tarde em oposição à vida e às idéias de quem os traz?

Em nossa terra, o ridículo dos nomes exóticos impostos às crianças assume proporções pasmosas. Corram-se as folhas dos Registros de Nascimento e encontrar-se-ão, às dúzias, as “Marlene”, as “Greta”, os “Clark”, quando não as “Osiris”, os “Benjamin Constant”, os “Floriano Peixoto”, e até nomes compostos de pedaços de outros, e ainda de produtos de perfumaria e marcas de fábrica diversas...

É preciso um paradeiro a isso. Filhos não são “secos e molhados”, nem cavalos de corrida a que se procura dar um sinal que o diferencie da forma mais interessante ou mais comercial dos seus rivais.

Um ponto final a esse absurdo é o que, com muita oportunidade, procura por o aviso emanado de nossas Autoridades eclesiásticas.


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