Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Ontem a semeadura, hoje a colheita

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 15 de novembro de 1936, N. 218, pag. 2

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A 15 de setembro de 1911 justamente há 25 anos — recorda o jornal “Vaterland”, de Lucerna — o governo Canalejas, da Espanha abolia o ensino religioso nas escolas públicas do país. Os escolares que depois desta data quisessem ser instituídos na religião e na moral católica deveriam pagar taxas particulares e, no fim do ano, fazer exames especiais. Por outro lado, o ensino da religião era limitado no seu horário semanal, e deveria ser ministrado nas horas mais quentes de após meio-dia, isto é quando, segundo um provérbio espanhol, “somente os cães e os estrangeiros se aventuram pelas estradas”...

A nova lei teve por consequência que 175 mil sobre 225 mil escolares foram obrigados a renunciar à instrução religiosa, por impossibilidade de pagar as taxas.

A maçonaria, que havia promovido e obtido a Lei Canalejas, não adormeceu sobre os seus tristes louros, e continuou seu trabalho de laicização da escola. Breve a educação dos professores passou para as mãos de elementos sem fé e até abertamente ateus. Assim, a maior parte dos mestres das escolas do Estado, abertamente ensinaram o ódio à Religião, e tornaram possível que a massa popular fosse aos poucos se tornando indiferente, quando não odiando as ideias religiosas.

Assim, vê-se claramente que a Maçonaria, mais uma vez, torna-se credora da “gratidão” da humanidade por mais esse “benefício” que lhe prestou...

As gerações escolares espanholas, posteriores a 1911, mercê da Lei Canalejas, em vez de saciarem a sede no Amor que lhes proporcionaria o Catecismo, mataram-na no ódio que lhes infiltrou o sectarismo. E aquelas crianças, de ontem são os homens de hoje que assassinam os espanhóis e queimam a Espanha, no altar de Moscou.

Aos clarões do incêndio, miremo-nos no espelho ibérico e defendamo-nos, enquanto é tempo.


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