Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Família

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 8 de novembro de 1936, N. 217, pag. 2

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O instituto da família, que tem seu alicerce firme no matrimônio indissolúvel, baseado na lei natural corroborada pelo nosso Código Civil, está sendo o alvo de ataques bem dirigidos, por serem orientados justamente contra esta base, que uma vez rendida, acarretaria a destruição de toda a instituição familiar.

Há pouco, no Ceará, era um tabelião indigno que mercadejava o compromisso de casamento, dando ao concubinato feitio legal. Agora é um advogado uruguaio que faz seu país chamariz de casais descontentes, acenando com a promessa de divórcio, promessa que não poderá ser cumprida, dados os nossos princípios constitucionais. Então, o sabido e inescrupuloso advogado, tendo sempre visados os pontos estratégicos, quer - baseado na jurisprudência estrangeira - influir na nossa, fazendo com que o “exequatur” da Suprema Corte se torne desnecessário. Não falta, como se vê, habilidade a estes interesseiros que precisarão ser combatidos com forças iguais, para a conservação de nosso maior patrimônio, a família, perigando o qual, periclitará toda a nossa sociedade.

O aludido advogado enviou do Uruguai aos nossos advogados, com encomiásticas dedicatórias, elegantes brochuras, fazendo propaganda desta mendaz promessa. Este causídico certamente não será o interessado direto da dissolução de nossa família. Donde jorrará, então, o dinheiro para a confecção e remessa dessas brochuras? Neste negócio, há dente de coelho!


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