Plinio Corrêa de Oliveira
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Legionário, 25 de outubro de 1936, N. 215, pag. 2 |
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Expressão de angústia, misturada com algum ceticismo, grande vontade de afirmação e enorme sede de vida, “reflexo do momento que passa”, um grupo de estudantes da Faculdade de Direito [do Largo de São Francisco, n.d.c.] acaba de lançar um bem redigido manifesto. Percebe-se a curiosidade de alguma coisa pressagiada, que começa a insinuar-se nestes espíritos, mas que não está bem definida. Falta um fator comum, solução de todos estes problemas, e muitos outros ainda. “O ser, o belo, a verdade, o bem, têm uma unidade insubstituível que “Reduto” quer defender com uma afirmação espiritual anti-materialista, anti-panteista, anti-subjetivista, contra todas as mistificações da verdade, que não tem tempo nem espaço”. Querem, portanto, defender uma coisa que suspeitam, entrevem, não chegam a atingir. E nós católicos, que percebemos o de que eles têm sede, apresentamos gostosamente a mesma Verdade, que não tem tempo nem espaço, por isto mesmo que está em todo o lugar e é eterna. Lembramos que Alguém disse um dia: “Ego sum Via, Vita et Veritas”: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. E a instituição que Ele deixou com o penhor de Seu sangue, com a promessa que vemos quotidianamente cumprida, de seu não perecimento, a Igreja, é uma afirmação anti-materialista, anti-panteista e anti-subjetivista. Que falta, pois, para estes nobres estudantes entrarem conosco na “Via” que nos levará transbordantes de “Vita”, à suprema “Veritas”? Sendo sincera esta curiosidade, outra solução não há para estes angustiados senão esta. Só resta querer... E no supremo “Reduto” encontrará a tão suspirada incógnita. |