Plinio Corrêa de Oliveira
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Legionário, 20 de setembro de 1936, N. 210, pag. 2 |
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É de uma notícia desta semana, a exposição do plano de propaganda nazista na Áustria. É a disseminação da “ideia da Grande Alemanha” a “conquista do corpo docente austríaco à ideia nacional-socialista e à concepção pangermanista da história” e finalmente entre a mocidade uma “propaganda em sentido diferente da utilizada até o presente, isto é: a) por meio da penetração no teatro, rádio etc.; b) pela história — tratado do Prof. Sirbik; c) pelo entrelaçamento da economia do “Reich” e da Áustria; d) pela luta contra os judeus”. Não é para o plano em si que queremos chamar a atenção dos nossos leitores, e em especial das autoridades; é para as finuras da técnica de propaganda atingindo todos os terrenos, sempre, porém levando a ideia central como base. É a ideia nas peças teatrais, nos programas de rádio, nos próprios livros didáticos, alterando-os talvez, fugindo à verdade, mas dominando a exposição. E é em contraposição a essa propaganda habilmente oculta que precisa levantar-se uma agudeza de percepção à toda a prova, para perceber nas entrelinhas da mais inocente historieta para crianças, por exemplo, o veneno que dali destila. E agora o nosso caso: estaremos nós, no Brasil, protegidos por essa barragem, contra os numerosos inimigos que nos rodeiam? |