Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

César, Esopo e a Espanha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 30 de agosto de 1936, N. 207, pag. 2

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O ex-ministro Osório Gallardo lamenta que o clero espanhol, “em vez de intervir na luta para perdoar e conciliar, procura acirrar o ânimo dos combatentes e atiçar a fogueira, transformando assim Cristo em beligerante, deslembrado que é de Cristo o preceito: Dai a César o que é de César”.

Quanta falácia em tão poucas palavras! Quanto sofisma!

Perdoar! O perdão é para os arrependidos, mas não para os astutos: “Nós que não somos cristãos, perseguimos o clero, profanamos cadáveres etc., em Madri. Vocês, cristãos, perdoem sempre, deem licença para que nós continuemos nessa obra pelo resto da Espanha, perdoando sempre, essa é a missão de vocês” — esta é a tradução da parte daquele discurso...

“Dai a César o que é de César”: quem é o César da Espanha atual? Não o é certamente o Governo de Madri, mero César de papelão, manejado pela Internacional Vermelha. Característica de um César, é chefiar uma nação. O Governo de Madri, longe de chefiar a Espanha, é um agrupamento anônimo, irresponsável e inumano, posto a serviço de um Governo internacional...

É a guerra a Deus, e é a guerra a César que faz a falange paradoxalmente chamada legal...

Ora, Cristo mandou também castigar os que erram.

Esqueceu-se disto o sr. Gallardo.


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