Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Renan... e outros

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 19 de julho de 1936, N. 202, pag. 2

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Apareceu, há dias, no “Correio Paulistano”, um artigo de um tal Nelson Werneck Sodré, muito interessante; interessante a tal ponto, que merece o nosso comentário.

Este amigo retardado de Freud e de Renan tenta, em defesa da “Vie de Jésus”, lançar um poucochinho de lama, no notável Jesuíta Pe. Paul Dabin.

Diz o Sr. Sodré, entre outras estultices, que o Pe. Dabin não pode negar Renan, por ser católico... Assim, este senhor só ficaria satisfeito, e só acharia lógico, se assistindo a uma sessão de Júri, visse o promotor público ajoelhado diante do corpo de jurados, pedindo, em nome da Justiça, a absolvição do réu, pobre vítima das circunstâncias, enquanto o advogado de defesa ameaçasse céus e terra, caso os jurados pusessem em liberdade aquela fera humana, sua pupila... O contrário seria tão prosaico...

Comentando conferências de um jesuíta francês (cremos referir-se ele ao admirável Pe. Coulet) sobre o divórcio, afirma também o sr. Nelson que o divórcio “deixou de vir, não por causa das conferências do jesuíta francês, mas devido a outros fatores, menos conhecidos, mas de peso”. Dispensa comentários a descoberta...

Termina o bilioso articulista afirmando que Jesus continuará a ser “um homem incomparável” de que a humanidade se orgulha. Homens incomparáveis, foram Napoleão, Goethe, são Al Capone, Pintacuda [Carlo Maria Pintacuda (1900–1971) foi um piloto italiano de carro de corrida, mais tarde naturalizado argentino, n.d.c.]... Mas é impossível mesmo conciliar, já não diremos Renan e Cristo, mas Freud e Cristo-Deus... São coisas excludentes em essência, o determinismo sexológico (?) e a prática da religião cristã, coisa em que importa, para um homem racional, lógico, o reconhecimento da divindade de Jesus.

Mas, nem sequer há lógica nestes homens (o sr. Werneck Sodré não é o único) que veem em Cristo um “grande homem”, mas não Deus. Como considerar um “grande homem”, Aquele que disse tantas vezes taxativamente ser Ele o Messias, o Prometido, o Filho de Deus? Ou um Deus, ou o maior mentiroso! Mas nunca um “grande homem”!

Mais coerência, escravos de Freud, advogados tardios de Renan!


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