Plinio Corrêa de Oliveira

Legionário, 7 de junho de 1936, N. 199, pag. 3

Os jornais noticiam a gravidez estranhamente oportuna da companheira de Luiz Carlos Prestes, que a está pondo ao abrigo de uma expulsão justa e desagravadora da honra nacional.

E, num momento tão grave como o que atravessamos, momento que chegou a impressionar o elemento mais liberal e medíocre de nossa burguesia e quando a terra brasileira é conspurcada e aviltada por estrangeiros a soldo de Moscou, quando o sangue brasileiro acaba de correr generosamente em defesa do brio da nossa terra [referindo-se à Intentona comunista, n.d.c.], discutem-se ninharias e subtilezas jurídicas, subtraindo a uma punição severa uma das maiores inimigas dos mais vitais interesses do país.

Sem tratar do lado jurídico da questão, aliás desfavorável à agitadora vermelha, ela se resolve claramente sob o ponto de vista social e político.

A expulsão de Maria Benario é um ato de benemerência e de garantia do bem público, que está acima do individual.

Que não se demorem as autoridades no exame ridículo de problemas que retardem a ação da justiça, levadas por um sentimentalismo que não se compreende em face de criminosos que souberam cometer a frio os maiores crimes contra as instituições e a gente brasileira.