Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

Bolívia socialista

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 7 de junho de 1936, N. 199, pag. 3

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“A Bolívia evoluirá firmemente para o socialismo”, tal a afirmação do Coronel Toro, novo chefe daquela nação vizinha. O referido Coronel, que sobe ao poder graças a uma revolução apoiada pelos “trabalhistas, estudantes e não combatentes”, acaba, portanto, de desmascarar os intuitos da mesma, e indiscutivelmente fez muito bem. Para nós, particularmente, que somos vizinhos, e que já temos a experiência dolorosa de 27 de Novembro [a Intentona comunista, n.d.c.], a evolução política preconizada para a Bolívia, pelo seu novo chefe, vai nos obrigar a uma vigilância mais enérgica e constante. Não é impossível, com efeito, que o sr. Alexandre Minkin, expulso do Uruguai, retome suas funções de embaixador russo na América, construindo um novo palácio em La Paz...

Não há dúvida que a Bolívia está mais longe, que suas comunicações com o Brasil são mais difíceis; mas é preciso que se note, que para os comunistas, “bons viveurs” [gozadores da vida], à custa do proletariado universal, não faltam meios, nem costumam hesitar em procurá-los para realizar seus planos.

Temos, portanto, que lamentar a modificação política boliviana: ela mostra que Moscou não abandona a presa sul-americana. Devemos notar entretanto, que essa modificação poderá ser passageira e assim o esperamos; o povo boliviano, que deu tantas provas de heroísmo na recente guerra do Chaco, e que é criado no amor e na devoção à Virgem de Copacabana, saberá certamente encontrar as reservas morais necessárias para expulsar o soviete que o Coronel Toro lhe pretende impor. Tais são os votos que fazemos, para o bem do povo boliviano.


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