Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Ainda o Rotary

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 26 de abril de 1936, N. 196, pag. 3

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Causou estranheza a alguns católicos fervorosos a aparente “largueza” com que o LEGIONÁRIO, geralmente tão intransigente, se referiu ao Rotary Club, na sua última edição.

O que afirmamos, estamos dispostos a reafirmá-lo, porque corresponde inteiramente à verdade.

Mal impressionada com o caráter laico e as aparências maçônicas do Rotary Club, a Santa Sé proibiu aos Sacerdotes que se inscrevam em suas fileiras. Deixou, porém, aos Exmos. Revmos. Srs. Bispos a faculdade de, nas suas respectivas Dioceses, permitir ou proibir — conforme as atividades dos rotarys locais — a filiação de leigos à famosa sociedade norte-americana.

Assim, pois, a um jornal católico não compete investir contra os rotarys locais, em hostilidades e condenações, antes de se ter pronunciado a respeito a Autoridade Eclesiástica.

Isto não impede, que fique desde já bem claro que qualquer católico zeloso, e, portanto, todo e qualquer Congregado Mariano, Vicentino, membro de Ordem Terceira, Apostolado da Oração etc., sem distinção, não se pode filiar ao Rotary. E isto pela simples e claríssima razão de que o católico zeloso não pode emprestar sua simpatia a uma sociedade que incorreu na desconfiança da Santa Sé.

É com pesar, portanto, e profundo pesar, que verificamos que o Sr. Ministro das Relações Exteriores, que sempre se disse católico, e que já tivemos oportunidade de elogiar nesta folha, se tenha inscrito solenemente no Rotary Club, e tenha obtido, para o sr. Harris, seu fundador, as insígnias da Ordem Brasileira do Cruzeiro do Sul.

Ser católico significa ser monolítico, sem jaças, sem brechas, sem transigências.

E infelizmente isto não é frequente.


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