Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Ainda os comunistas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 1º. de março de 1936, N. 192, pag. 3

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Durante um desfile carnavalesco em Recife foi distribuído um boletim comunista, que vem transcrito na “A Ordem”, diário católico de Natal, no Rio Grande do Norte. Declaram seus autores que “A derrota momentânea do movimento de 24 de Novembro [Intentona comunista, n.d.c.] no terreno das armas não significa, em absoluto, uma vitória definitiva da reação”. Devendo preparar novas agitações perguntam: “Como começar essas lutas?” E respondem: “Preparando e desencadeando greves pelas reivindicações econômicas imediatas, ligando essas reivindicações às conquistas políticas, elevando essas lutas a formas superiores, até às guerrilhas e à insurreição. Lutemos, portanto desde já, por melhores condições de vida, pela liberdade imediata dos presos nacional-libertadores, contra o estado de sítio ... Preparemo-nos desde já para novos combates por um Governo Popular Nacional Revolucionário, com Luiz Carlos Prestes à frente”.

Os trechos que transcrevemos do referido boletim mostram a necessidade de estar alerta. Evidentemente os comunistas não dormem, nem querem deixar sem vingança a derrota sofrida. E quando nós consideramos a benignidade com que certamente serão tratados seus chefes e se nós olharmos para a Espanha, agora sob o domínio dos mesmos que em Outubro de 1934 fizeram a revolução das Astúrias, não deveremos nos admirar do que porventura venha a suceder. Pois, não vemos aqui em nossa Capital, e não só em ruas mal iluminadas ou afastadas, mas nas ruas do Centro, nas paredes da Catedral, nas do Banco do Brasil, nas Câmaras dos Deputados, na rua Alvares Penteado, na rua Santa Thereza, dizeres ou símbolos comunistas? Para escrever aquelas frases em letras frequentemente bem desenhadas, para pintar a foice e o martelo ou a estrela soviética, seus autores devem ter necessitado pelo menos de alguns minutos. E, entretanto, ao que nos parece, eles nunca foram percebidos.

É que aos poucos, passados os primeiros momentos, a vigilância afrouxa, o cansaço domina; só os agitadores marxistas são infatigáveis em suas propagandas. Mas diante desta atividade incessante não é possível repousar; todos os esforços serão poucos para dominá-la. E é isto que esperamos das autoridades e também de todos os que por suas responsabilidades, ou pelos meios de que dispõem, devam ou possam trabalhar na luta anticomunista.


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