Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Futurismo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 26 de maio de 1935, N. 172, pag. 3

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Um dos seguidores de Marinetti, pai do futurismo, cuja estadia em São Paulo, há alguns [dias], provocou tanta celeuma, é um compositor italiano chamado Aldo Giuntini.

Este melodioso súdito do “Duce” destaca-se entre os outros discípulos de Marinetti porque como seu mestre, que criou o tão malsinado futurismo, ou como Pan, que inventou a flauta, descobriu alguma coisa de ‘‘novo” no domínio da música.

Giuntini, recentemente, deu um concerto em que revelou à plebe embasbacada, duas prodigiosas obras suas: a “Síntese da Máquina” e “Uma festa de motores”.

Nunca, desde que o mundo é mundo, um salão de concertos ouviu peças como as desse novo gênio musical. A harmonia imitativa é tão perfeita que arrancou de um crítico esta afirmação categórica: “Dá-nos a sensação exata de estarmos numa fábrica”.

A essa nova maravilha foi dado o nome de ‘‘aeromúsica”.

É a mania moderna de se dar nomes novos às coisas velhas.

Hoje chama-se “aeromúsica” o que antigamente tinha o nome de barulho; e assim quem ontem fazia barulho, hoje faz música...


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