Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Dois amigos do Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 28 de abril de 1935, N. 170, pag. 3

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Dizer-se que o Brasil se desconhece a si mesmo é um lugar comum. Sofremos de um sentimentalismo ancestral que já hipertrofiou em nós a capacidade de conhecer o nosso país; o nosso romantismo faz-nos míopes.

Realizam-se atualmente em França, diante dos auditórios verdadeiramente intelectuais, conferências destinadas a tornar conhecido o Brasil na França, o que equivale a dizer de algum modo, na Europa.

Depois que Pierre Desffontaines nos deixou maravilhados com a revelação da nossa “casa”, no inolvidável curso do Instituto Histórico e Geográfico, de regresso à pátria, depois de estada tão curta quão benéfica entre nós, cheio de entusiasmo passa a ser o nosso melhor propagandista na França. Garric também desenvolve temas brasílicos, tendo antes nos levado aos meios culturais argentinos.

Que exemplo para as nossas “missões oficiais” que visitam outros estados! Quando não se limitam apenas a matar a curiosidade do “repórter” no momento do desembarque, o silêncio seria preferível ao que falam.

Será que exageramos? Quem nos apontará um nome nacional que tenha fundado uma “Associação de Geógrafos Brasileiros”, uma revista como “Geografia" e realizado 16 conferências a nosso respeito?


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