Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

Combates de tocaia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 14 de outubro de 1934, N. 156, pag. 3

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Seria impertinência a que pretendíamos fugir voltarmos a falar das agitações contínuas que se vem verificando ultimamente em nosso meio. Entretanto, a gravidade dos últimos acontecimentos não nos permite silenciar um comentário à margem dos sangrentos episódios do dia 7.

Longe de nós a intenção de querermos defender esta ou aquela ideologia política, que se encontram atualmente em choque em meio às lutas partidárias, apesar de algumas não oferecerem razões de sofrer o nosso ataque formal. Somos “totalmente católicos e só católicos”.

Todavia, nossa atitude não nos impede de lançar o nosso protesto contra o abominável gesto de um grupo de elementos extremistas na tarde do último Domingo na Praça da Sé. Antes, nos autoriza a repelir esse assalto a traição à maneira de tocaia, que é a maneira dos inimigos da ordem social.

Não há justificativa no recurso à violência, principalmente nos moldes como ela foi empregada; apenas se explica a “barbárie” do “credo vermelho” se este resolveu substituir a força do argumento pela força bruta.

Pretender-se-á aplicar aqui a mesma regra de ação que na Rússia: “Não faz mal que se exterminem 90 por cento da população, contanto que o restante seja convertido à fé comunista”!

O que vale é que a “barbárie’' cedo ou tarde, dá lugar à civilização. Quando uma ideia não tem valor intrínseco... de nada valem os campos de concentração da Sibéria...


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