Plinio Corrêa de Oliveira

Legionário, 14 de outubro de 1934, N. 156, pag. 3

Sem querermos ser profetas, temos fundadas esperanças em que o congresso Eucarístico de Buenos Aires muito concorrerá para a volta da Paz à América Latina. Quando todos os povos de todas as partes do mundo enviam caravanas àquela capital portenha, transformada em Metrópole Eucarística do mundo, não será demais esperar dessa união íntima de corações, desse congraçamento de ideais, brote a resolução, sincera e irresistível de viverem todos como até há pouco vivíamos, como irmãos.

É inconcebível que num continente em que a S. S. Eucaristia é adorada por todas as nações continue o contraste do troar dos canhões fratricidas, que dizimam povos bem perto do Trono do Rei dos Reis.

O que até agora as chancelarias não conseguiram, consegui-lo-á a boa vontade e disposição dos povos que agora tiveram oportunidade de se conhecer melhor, percebendo que nada há que se contraponha à amizade fraternal, graças à qual bolivianos e paraguaios vinham desempenhando a mesma missão histórica.

A ambição material de posse sobre o território do Chaco boreal, que acena aos Estados beligerantes com um imenso cabedal de recursos inesgotáveis, sucederá um sentimento novo de paz e de concórdia.

Guerra à guerra!