Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

Paz para os... sul-americanos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 3 de janeiro de 1937, N. 225, pag. 2

 

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Os norte-americanos foram um dos mais ativos elementos (ao que parece) na Conferência de Paz de Buenos Aires. Ora, telegramas vindos agora da terra de Tio Sam, dão-nos umas informações um tanto paradoxais, quando se considera que a Conferência terminou (também assim parece) de maneira a mais pacífica possível!...

Diz-nos um deles, que o ministro da Guerra, sr. Woodring, sugere o aumento da Guarda Nacional de 187.000 para 210.000 homens, que o número de oficiais seja elevado de 2.000 nos próximos 5 anos e que 10.000 oficiais de reserva suplementar recebam instrução adequada. Pede também que em 1937 sejam construídos 700 aviões, quando em 1936 foram entregues ao exército 500 novos aparelhos. Esse, o primeiro telegrama, pelo qual se vê que os americanos dão uma prova prática de seu espírito pacífico: “si vis pacem, para bellum...” já dizia o Latino...

O segundo, porém, é mais grave. Declara que o “Departamento de Estado concedeu licença para a exportação de aviões, destinados ao governo espanhol. Os funcionários do Departamento declararam que a atual lei de neutralidade dos Estados Unidos não se aplica às guerras civis. As licenças se referem à expedição de 18 aviões completos e grande quantidade de peças destacadas perfazendo cerca de 50 motores com destino a Bilbao”... etc.

Os Estados Unidos, portanto, estribados no sofisma de que sua lei de neutralidade não se aplica às guerras civis, dão mão forte aos comunistas espanhóis. Quanto tempo levará o americano para dá-la ao russo que quiser tomar posse das “pacíficas” e selvagens terras da Sul América para as quais se acaba de oferecer bondosamente a paz?...


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