Plinio Corrêa de Oliveira

Legionário, 11 de novembro de 1928, N. 23, pag. 3

Os médicos do Ofício de Constatação reconheceram no mês passado, persistente e definitiva a cura da senhorita Maria Lapland, verificada aos dois de Setembro de 1927. Esta moça, segundo a referência do “Journal de la Grotte”. estava afetada por várias moléstias com fundo tuberculoso, cujas manifestações começaram aparentemente em 1922, mas originadas desde a primeira infância.

Desde 1920 começou a sofrer de bronquite que se agravava em todo inverno e por cujo motivo passou três estações em Bourboule, mas sem grandes melhoras. Em 1922 surgiu-lhe uma otite interna direita; em 1924, foi operada de apendicite. Em 1925, sobreveio-lhe vômitos alimentares e sanguinolentos e foi diagnosticada uma úlcera no estômago. Em 1927 apresenta-se uma peritonite tuberculosa; febre, meteorismo, constipação, tumefação e resistência abdominal, dor difusa etc.

O estado geral era deplorável, emagrecimento profundo, anorexia completa; a enferma, que só se alimentava com algum líquido, pesava 25 quilos. Chegou a Lourdes no dia 30 de agosto de 1927, permanecendo três dias no asilo, sem nenhuma mudança. No último dia, após o banho da piscina sentiu uma dor violenta por todo o corpo, dor essa que desapareceu somente depois de uns 20 minutos, deixando-a num agradável bem-estar. Foi quando a moça se sentiu curada. A febre desapareceu, desapareceram os sintomas peritoneais e o apetite voltou.

A instantaneidade desta cura e comprovada pela ausência completa de convalescença, enquanto que a enferma recupera imediatamente todas as suas funções, já alteradas por muitos anos.

A Senhorita Lapland voltou no mês passado para fazer a constatação de seu ótimo estado de saúde. Está pesando 44 quilos, portanto 19 a mais do ano passado. Pretende, a afortunada privilegiada da Virgem, em reconhecimento de sua cura, consagrar sua vida ao serviço dos doentes, solicitando a sua admissão entre as irmãs de S. Vicente de Paulo.