Plinio Corrêa de Oliveira

Legionário, 28 de outubro de 1928, N. 22, pag. 3

O assassino-iníquo, Plutarco Elias Calles, decretou um dia que o monumento a Cristo Rei, erguido pelos católicos mexicanos sobre a montanha “El Cubillete", fosse destruído; e pela tarde do dia 30 de janeiro de 1928, ao estampido da dinamite, voou pelos ares aquele trono, que até então havia sido o ímã dos corações mexicanos.

Entretanto deverá saber o monstro iconoclasta, que destruído um monumento de pedra, mil outros tronos levantar-se-iam a Cristo nos corações da juventude e do povo mexicano, e a harmonia divina do VIVA CRISTO REI! continuaria, com maior intensidade a torturar os seus ouvidos broncos.

Cristo o divino Rei, não quis permanecer imóvel, no seu trono de “El Cubillete” enquanto seus soldados tombavam gloriosamente nos campos de batalha. Não! Permitiu que a estátua que o representava, tombasse despedaçada e viesse, num símbolo augusto, misturar-se com essa terra embebida de sangue generoso, de sangue que não morre, de sangue que, embora calcado aos pés da tirania, ferve de puro amor.

No Calvário, uniram-se o ódio implacável dos judeus e o amor infinito de Jesus para salvar o mundo. No “El Cubilleto” uniram-se o ódio turco de Calles e o amor de Cristo Rei para salvar o México. Após a refrega, tu, povo generoso, hás de contemplar tua pátria esplêndida e bela. Cristo, o teu Rei Divino, aparecerá outra vez, sobre a montanha santa, reinando sobre ti com o seu dulcíssimo reinado de santidade e vida, de Justiça e paz.

Das cinzas desse monumento, surgirá a fênix, outro monumento mais alto e mais belo, e nele escreverão: Reinava sobre uma raça de heróis, hoje reino sobre uma raça de mártires.

Se o fragor da dinamite fez coro ao monstro (...) que para contrastar com o grito dos mártires, rugiu: Morra Cristo Rei — o mundo católico inteiro, unido a ti, povo herói, no dia de hoje, há de fazer chegar até a mansão do sátrapa a mensagem de Anacleto Gonzales Flores às duas Américas: DEUS NÃO MORRE! VIVA CRISTO REI!