Plinio Corrêa de Oliveira

 

7 Dias em Revista

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, Nº 726, 7 de julho de 1946

 

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Folgamos em registrar mais um triunfo da opinião católica, que agora ocorreu nas eleições para a Constituinte bávara. Enquanto os católicos alcançaram 1.550.000 votos, figurando pois como o partido mais votado, os socialistas obtiveram apenas 790 mil votos, e os comunistas a insignificância de 145 mil.

Hoje fala-se tanto e de tantos modos em democracia. Pois o que as eleições estão atestando é que a população européia deseja decididamente um regime político e social cristão. Nunca houve, depois de tão grande crise, um tão alto pronunciamento de um continente inteiro em favor da Igreja.

A hora é, pois, para nossos irmãos europeus, de grandes esperanças e de terríveis responsabilidades.

Rezemos por que esta imensa massa católica tenha chefes leigos fortes, esclarecidos, combativos, intransigentes, dóceis à Hierarquia, que saibam guiar na esfera temporal os povos para a ordem cristã que tanto almejam.

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Em Carlisle, no Cumberland, três horas antes de ser lançada a bomba atômica, os amigos dos animais fizeram celebrar um ofício religioso especial para a proteção dos animais expostos à ação da bomba atômica.

Parece risível tanto adocicamento de hiper-sensibilidade, precisamente nesta época de crueldade e de luta.

Mas o fato facilmente se explica. Quando desaparece o espírito sobrenatural, a caridade ou degenera em romantismo adocicado e se torna ridícula, ou desaparece sob as lufadas do egoísmo.

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Está sendo debatida na Assembléia Constituinte a questão do divórcio. A opinião pública, entretanto, não se tem comovido com o fato. E lhe assiste para isto toda a razão. O pronunciamento das urnas contra o divórcio foi tão esmagador, e a maioria anti-divorcista é tão insofismável, que as tentativas de um ou outro deputado divorcista não tem importância. São estrepitosas, incômodas e inócuas como as bombas dos dias de São João.

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O que, entretanto, nos interessa do modo mais vivo é saber se a proibição do divórcio será mera fórmula para contentar o eleitorado ou não. Em outros termos, se os direitos da legítima esposa e dos seus filhos vão ser assegurados contra a legislação atual, que tende a beneficiar em tudo a prole ilegítima.

Isto sim é que é um ponto prático, útil e que realmente está em risco.

Dado, entretanto, o grande número de deputados de convicções católicas conhecidas, é certo que também neste ponto eles poderão obter brilhante resultado.