Plinio Corrêa de Oliveira
7 Dias em Revista
Legionário, N.º 484, 21 de dezembro de 1941 |
|
Pearl Harbor, 7 de dezembro de 1941 - Explosão de um torpedo disparado contra o USS West Virginia, vista a partir de um avião japonês Não causou ao “Legionário” a menor surpresa a completa desprevenção em que se encontravam as mais importantes bases americanas e britânicas no Pacífico, quando do recente ataque nipônico. Em primeiro lugar, é preciso pôr em relevo que tal ataque não foi e não poderia ser inesperado. Nesta época de guerras sem declaração, só pessoas inteiramente destituídas de senso comum poderiam imaginar que um país se deve sentir em segurança enquanto a guerra não lhe foi declarada; em segundo lugar, ainda mesmo que fosse tão grande a ingenuidade dos comandantes daquelas guarnições, deveriam eles saber que, entre a guerra e a declaração, pode hoje em dia mediar apenas poucas horas. Assim, dada a tensão reinante no Pacífico, deveriam estar todos a postos. E não foi isto que se deu. * * * Como explicar isto? Evidentemente, com a quinta coluna. Ninguém ignora os efeitos devastadores que ela produziu entre os povos atacados pelo nazismo. Seus efeitos nas orlas do Pacífico não foram diversos do que os que produziu às margens do Reno ou do Sena. Não foi, pois, em vão que o Presidente Roosevelt declarou haver constituído uma comissão para investigar os estranhos acontecimentos que são responsáveis pelos primeiros insucessos americanos no Pacífico. Notícias provenientes daquela zona informam que a aproximação das belonaves japonesas e sua pontaria foi facilitada com fogos de terra, acesos pela quinta coluna, e que indicavam claramente os objetivos a conseguir. Um outro telegrama informou que a polícia até no porto de Los Angeles, no Estado de Washington, descobriu uma série de fogueiras em forma de flecha, apontando para Seattle. Tudo isto é, evidentemente, o trabalho da quinta coluna. Trabalho perigoso, por certo. Mas trabalho que está longe de ser dos mais perigosos. * * * Com efeito, os piores quinta-colunistas são aqueles que “não vêem” ou que “não prevêem” ou que “não percebem”, indivíduos atacados de uma espécie de moléstia do sono, em conseqüência da qual pode a quinta coluna derrubar por debaixo de seus pés a metade do mundo, que eles perguntarão o que estão fazendo as toupeiras por debaixo da terra. Continuam os péssimos tratamentos infligidos às cidade de Paris. No dia 10 p.p., publicaram os jornais um telegrama noticioso italiano que anunciava que às 17 horas já há toque de recolher em Paris, em conseqüência de ordem do general Schaumburg, comandante militar alemão daquela desditosa cidade, [que a submetendo assim a um] regime de colégio. Ou, melhor, regime de Penitenciária. Confere. Nota: Os negritos foram inseridos POR ESTE SITE, no artigo acima, apenas para maior facilidade dos leitores. |