Plinio Corrêa de Oliveira

 

7 Dias em Revista

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 20 de abril de 1941, N. 449

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Enche-se de aflição a capitulação do povo iugoslavo. Ninguém ousará esperar que, no território agora conquistado pelo invasor, a Religião tenha um tratamento diverso do que lhe está sendo dispensado, conforme noticiou a Rádio do Vaticano, na França ocupada. Ora, na Iugoslávia [atualmente: Croácia, Montenegro, República da Macedónia, Eslovênia, Kosovo, Sérvia, Bósnia e Herzegovina, n.d.c.] há uma considerável população católica, à qual estamos vinculados pelos laços que prendem todos os membros do Corpo Místico de Cristo. E, assim, nada há que se faça contra aqueles nossos irmãos que em nós não repercuta intensamente.

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A este respeito, não queremos deixar de registrar que uma comissão de cidadãos croatas domiciliados em São Paulo tomou a iniciativa de manifestar, em nome de toda a colônia iugoslava nesta cidade, composta quase toda ela por croatas, sua formal desaprovação ao governo constitucional em nome da Croácia, e sob a evidente tutela do  Reich, por um dos que atentaram, em Marselha, contra a vida do Rei Alexandre da Iugoslávia.

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O Sr. Major Afonso de Carvalho publicou no “Estado de São Paulo” uma interessante reportagem em que narra que, ao desembarcar na Espanha, pediu ao dono de um café que lhe servisse, além de nossa rubiácea, leite, pão e manteiga. O homem respondeu austeramente: “café não tenho, leite não tenho, manteiga não tenho, só tenho pão”. E, ato contínuo, serviu de pão aquele militar patrício. Tendo este concluído sua refeição, perguntou quanto custava. E o proprietário do café, em tom “fidalgo”, respondeu apesar de sua pobreza: “ora, imagine se lhe vou cobrar um pouco de pão”. O episódio é muito significativo, por atestar a permanência dos sentimentos de cavalheirismo e fidalguia na gloriosa Espanha.

Entretanto, um fato ocorreu naquele país, que muito mais significativo se manifesta. A despeito da evidente pobreza com que luta o povo espanhol, encontrou este quinhentos doadores generosos que, desfazendo-se de ouro, pedras preciosas, etc., mandaram confeccionar uma coroa para a imagem da Virgem dos desamparados, de Valência

 

Estátua da Mãe de Deus dos desamparados, Catedral de Valencia (Espanha). Foto de Joanbanjo - CC BY-SA 3.0 - Wikipedia.

Se é nobre e belo proceder com fidalguia para com os homens, quanto mais nobre e mais fidalgo é saber ser generoso e cavalheiro para com a Mãe de Deus!

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Consideramos lamentabilíssimo que no Sábado de Aleluia tenham desfilado pelas rua do Rio préstitos carnavalescos de vários clubes que, por razões  que ignoramos, não se exibiram no carnaval. Esses clubes profanaram o Sábado consagrado às alegrias castas da Ressurreição.


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