Plinio Corrêa de Oliveira

 

7 Dias em Revista

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 24 de março de 1940, N. 393

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O recente encontro dos Srs. Hitler e Mussolini deu a imprensa dos países que compõem o eixo ideológico e político Roma-Berlim oportunidade de reafirmarem sua solidariedade plena e cordial.

Assim, perdem terreno as esperanças dos que supunham que a aproximação soviético-nazista viesse enfraquecer a aliança nazista-fascista e o caráter doutrinário da aliança entre aquelas potências se acentua cada vez mais, pois, que fica demonstrado que ao fascismo não repugna a aliança nazista nem sequer depois de se ter feito luz sobre os propósitos anticomunistas que o III Reich afetava.

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Para dissipar as esperanças dos que só cedem quando forçados pela evidência é interessante citar o próprio jornal do Sr. Mussolini. Disse este no dia 18 p.p., escrevendo sobre a recente conferência do Brenner, que os que supunham ser a Itália uma sentinela posta junto à Alemanha para conter a expansão totalitária se enganaram. “Atualmente a Itália não serve de polícia para nenhuma Nação” declarou aquele autorizado órgão fascista.

Muito digna de nota é também a declaração seguinte feita na mesma data pelo mesmo jornal: “O supremo ideal Italiano é uma revolução fascista mundial”. Tiram-se dali as deduções oportunas...

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O “Legionário” já tem dito mil vezes que não tem preferência por este ou aquele país. Se faz censuras ao fascismo não admite, entretanto que ninguém lhe diga que é inimigo da Itália pela qual nutre a maior simpatia. Dentro da mesma ordem de idéias o “Legionário” está muito longe de identificar o Governo francês com a França. Grande amigo da França, conserva ele toda a liberdade de apreciação quanto ao Governo daquele país. Houve muitos franceses que se agastaram com a censura que o “Legionário” fez ao gabinete francês, especialmente no que concerne à política exterior. A crise ministerial recentíssima, verificada na França, crise esta que foi evidentemente motivada por razões de política exterior, prova claramente que também a opinião dos franceses estava longe desse incondicionalismo situacionista provocado pelas saudades, em certos elementos residentes fora da França.

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Voltando às relações entre o nazismo e o fascismo, transcrevemos do “O Estado de São Paulo” o seguinte trecho de um comunicado oficial alemão:

Berlim, 18 (Reuters) - agência alemã “D.N.B.” divulgou esta noite o seguinte comunicado:

“Embora não tenha sido possível obter pormenores sobre as conferências teuto-italianas, hoje realizadas na fronteira do Brenner, pode-se afirmar que as discussões demonstraram a firmeza da base comum da cooperação ítalo-alemã. As esperanças das potências ocidentais de que a Alemanha e a Itália possam ser separadas de sua base comum devem ser consideradas vãs em face destes fatos. Pode-se salientar que nas conversações de hoje todos os mais importantes problemas do dia foram discutidos dentro de um espírito de franqueza jamais igualado.”


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