A
propósito da notícia de que o divórcio tinha alcançado uma vitória na
Constituição italiana, há uma importante
retificação a fazer, no que diz respeito à linguagem com que certas folhas
diárias mencionaram o fato.
O divórcio é proibido na Itália pela
legislação civil comum. Um certo grupo de deputados quis incluir esta proibição
na Constituição. Os que discordavam entendiam que bastava a proibição já
existente. Foi este o alvitre que prevaleceu.
Assim, pois, continuam a vigorar na Itália as leis que proíbem o divórcio. A
Constituição silencia sobre o assunto.
Sem
dúvida, porém, teria sido muito melhor que o divórcio fosse proibido pela
própria Constituição. A que se deve a derrota? Simplesmente a que os aliados do PDC italiano votaram contra
os interesses do PDC. Ou seja, porque o
PDC faz com adversários da Igreja alianças sem fruto. Isto é prova
concludente de que a nada conduzem as
alianças entre a luz e as trevas.
Outro
motivo de derrota existiu: O PDC,
que tinha deputados ausentes em grande
número, foi derrotado por três votos. Um pouco de disciplina partidária lhe
bastaria para que ele vencesse. E deixou-se derrotar...
* * *
Como
prevíamos, o MRP francês tomou posição
contra De Gaulle. Fê-lo alegando
um motivo singular: De Gaulle vai romper
a unidade francesa. Em outros termos, vai romper a aliança entre comunistas e anticomunistas, a imoral aliança que na
França se prolonga sem justificativa entre o partido do Sr. Bidault e os vermelhos.
Precisamente
pelo mesmo motivo, estamos ainda na posição do número anterior, de expectativa
plenamente simpática a De Gaulle.