Sua Santidade o Papa Pio XII, gloriosamente reinante, nomeou Sua Eminência
Reverendíssima, o senhor Cardeal Dom Carlos Carmelo
de Vasconcelos Motta, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, para a dignidade
de Chanceler da Universidade Católica de
São Paulo. O Sumo Pontífice erigiu,
ainda, a mesma Universidade em instituto
pontifício, o que constitui notável estímulo para o desenvolvimento dessa
organização.
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Procedente da Europa, chegou ao Rio de Janeiro, na
semana passada, o Exmo. Revmo.
Sr. Dom Frei Gabriel Couto, O. Carm. eleito bispo Auxiliar
de Jaboticabal, que foi recebido por S. Excia. Revma. Sr. Dom Antônio
Augusto de Assis, Arcebispo daquela
Diocese, e altas autoridades Eclesiásticas. Depois de curta permanência na
Capital do País, S. Excia. Revma.
se dirigiu a esta cidade, onde chegou de avião na sexta-feira pp. O ilustre
Prelado hospedou-se no Convento do Carmo, nesta Capital e depois de receber
homenagens que lhe serão prestadas aqui e em Itu, sua cidade natal, seguirá para Jaboticabal, onde lhe está sendo preparada festiva recepção.
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O
"Jornal" do Rio de Janeiro, publica uma nota muito oportuna, a respeito da atitude do Partido Comunista por ocasião do aniversário de Prestes. Assinala o matutino carioca que todos os órgãos comunistas do Brasil se transformaram,
nesse dia, em verdadeiras poliantéias de Prestes,
enquanto os núcleos comunistas, festejavam a "grande" data com
sessões especiais, tudo ponto por ponto,
que se fazia ao Partido Nazista por ocasião do aniversário de Hitler.
O "Legionário" já teve ocasião de mostrar
fatos análogos no cerimonial com que o ex-capitão
comparece aos comícios comunistas: ao "fundo" o retrato monumental do
führer
vermelho; entrada soleníssima, em automóvel que dá volta a pista, sob
aclamações gerais, etc., etc.
Quando, outrora, os nazistas se diziam anticomunistas, o
"Legionário" punha em dúvida com toda a razão sua sinceridade. Hoje
em dia, aos comunistas que se dizem anti-nazistas,
fazemos a mesma acusação. As cores das camisas mudam e nada mais.
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Como noticiamos em nosso último número, o camarada Zuritz, embaixador soviético no Rio de Janeiro,
mora confortavelmente instalado em uma vivenda
das Laranjeiras, dando recepções
fartamente noticiadas nas revistas "grã-finas". Sua filha freqüenta
os círculos artísticos, onde a título de "dar informações" faz propaganda do comunismo. Ambos sobem
com freqüência a Petrópolis, para tomar parte na season que lá
vai animada. E agora, para completar as delícias dessa vida bem instalada, Zuritz mandou vir dos Estados Unidos três
geladeiras elétricas, que estão sendo desembarcadas na alfândega e
possivelmente, hoje, já estarão funcionando na embaixada.
E o ex-capitão Prestes que afirmou que o
povo brasileiro não precisava de geladeiras.
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A propósito disto, e de tanta coisa como isto, um
membro do Senado fez uma revelação curiosa: a embaixada russa tem 8 horas diárias de comunicação com a URSS. Para que?
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Aguardamos com vivo interesse a resposta da nota
brasileira ao governo soviético sobre o incidente havido com um representante
de nosso país em Moscou.
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Na
Itália, o inefável Sr. De Gasperi continua sua
política de compromissos. Apesar da possibilidade de se apoiar em elementos do
centro e da direita, para combater a esquerda, o Sr. De Gasperi
faz o contrário. E é bem possível que, a despeito de vigorosas resistências
internas no seu próprio partido, à hora em que este jornal sair já esteja
constituído novo gabinete de conciliação.
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Na
Polônia, as eleições foram um escândalo.
Discursando no Senado americano, o Sr. Vandenberg as qualificou de "trágica mascarada da liberdade".
O embaixador
norte-americano protestou contra elas dizendo que tinham sido inteiramente
viciadas. Protestou também o
representante britânico contra o qual, por isto, se levantou violenta
campanha procedente dos sovietes. Londres promoveu o
representante, prestigiando-o, assim, moralmente. Só um país não protestou, et pour cause: foi a URSS.
O ex-capitão Prestes e seus
companheiros, tão ciosos da liberdade no Brasil, não vêem nem sabem de nada do
que seus correligionários fazem em outros países. E por isto não protestam!
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Continuam
os erros dos aliados na Alemanha. Um telegrama vindo de Frankfurt informa que as autoridades americanas resolveram, para
reeducar o povo alemão e o desnazificar, ensinar aos meninos, nas escolas, danças
extravagantes do tipo do jditerburg.