Uma revista
trabalhista da Inglaterra, o "leader Socialista"
órgão da ala dissidente e extremada, acaba de publicar um artigo sobre a situação internacional do Papado. Neste artigo, põe
em evidência, que, se de um lado a influência da Santa Sé tem crescido, de
outro lado mostra-se consideravelmente prejudicada. E, desse último fato, dá
como indício o procedimento da ONU que agiu como se o
Santo Padre não existisse.
É precisamente o que comentamos no LEGIONÁRIO. Pena
é que esse órgão socialista – inimigo, pois, da Igreja - tenha percebido isto
tão claramente e muitos católicos, que
poderiam pelo menos ter protestado energicamente em todos os países do mundo
contra este fato, se calaram.
* * *
Mas dir-se-á, o Santo Padre não protestou: do que
adiantam então os protestos dos fiéis? Em
muitos casos, são os fiéis que devem tomar as atitudes mais decisivas e
enérgicas. Fica bem aos filhos defender as prerrogativas de seus pais. E é doce
e glorioso para um pai ver que a defesa de seus filhos é tão veemente que ele
mesmo nem sequer precisa pronunciar-se.
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Continua,
na Inglaterra, a política bolchevisante do
gabinete trabalhista. Claro está que em um ou outro caso, a doutrina católica
não condena a nacionalização de empresa de grande envergadura. Mas o projeto
trabalhista de pôr sob o controle do Estado toda a vida econômica do país,
reduzindo a zero a iniciativa privada, é coisa manifestamente oposta ao que
ensina a Igreja. E é precisamente este o erro comum [dos] socialistas e
comunistas.
Ora, na Inglaterra, acabam de ser nacionalizadas as minas de carvão como passo
importantíssimo para a nacionalização de outras grandes empresas, e final
socialização da economia. Este ato foi levado a cabo pelo gabinete Attlee com requintes de
demagogia significativos. Assim, na entrada das minas, foi afixada uma tabuleta
com os dizeres: "esta mina é,
agora, dirigida pela junta Nacional do Carvão, em nome do Povo", o que
evidentemente, incute no trabalhador a
idéia falsa de que a propriedade simpática é a coletiva e qualquer forma de
propriedade que não seja coletiva e popular é ilegítima e antipática. A
nacionalização foi, de outro lado, festejada com bailes operários ordenados
pelas autoridades em todos os lugares onde há minas. É um pouco como se a
transferência das minas para o Estado representasse uma libertação de cativos.
É portanto, como se a condição de empregado de uma empresa particular tivesse
algo de comum com o cativeiro.
* * *
E os resultados de tudo isto? O que lucrará a
indústria de carvão com a nacionalização? A experiência é curiosa e pode depor
muito contra as socializações.
Mas os
socialistas, se não têm a inocência da pomba, têm a sagacidade da serpente.
E por isto, já publicou o Governo inglês um extenso relatório sobre todas as
dificuldades com que a indústria extrativa do carvão está lutando. De sorte
que, quando se verificarem os insucessos tão freqüentes nas empresas nacionalizadas,
correrá tudo por conta da guerra. Mas, se as empresas tivessem ficado em mãos
de particulares, teria tudo corrido por conta destes: como não se mostraram
capazes de vencer as dificuldades de guerra? A dialética socialista é inefável.
* * *
Muito significativo, a respeito do insucesso econômico dos países
socializados, é o depoimento do ministro russo junto ao México, que acaba de abandonar suas funções, internando-se nos
Estados Unidos. O diplomata ex-soviético fez
as declarações mais negras sobre a atual
situação econômica da URSS e o insucesso dos comunistas em organizarem a
economia russa.
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Merece registro a conclusão a que chegou a Comissão
de Investigações das Atividades anti-americanas,
organizada pelo Congresso yankee.
Estas conclusões são:
a) "No caso de guerra entre os EEUU e a URSS,
comunistas norte americanos estão preparados para desenvolver uma campanha
geral de sabotagens industriais, por meio de greves ordenadas pelos sindicatos
dominados pelos comunistas";
b) - "os comunistas estão constituindo
numerosas associações políticas, que têm como objetivo final a derrocada do
governo".