Legionário, 6 de maio 1945
7 Dias em Revista
Plinio Corrêa de Oliveira
Do Exmo. Revmo. Sr. D. Bento Aloisi Masella, Núncio Apostólico junto ao Governo Brasileiro, o Exmo. Revmo. Sr. D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, Arcebispo Metropolitano, recebeu o seguinte telegrama, referente à reunião que os Exmos. Revmos. Bispos da Província realizaram há pouco, nesta cidade, durante a qual foi decidida a fundação da Universidade Católica:
"Agradeço saudação Exmos. Revmos. Bispos província eclesiástica de S. Paulo congratulo-me resolução tomada criação Universidade. Formulo votos sinceros resultado conferência.
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Um grande Deo Gratias pela rendição das tropas nazistas que operavam no norte da Itália.
De um lado, porque a península fica livre, por fim dos "aliados" pardos que há tanto tempo a desgraçavam. A aliança com o nazismo foi o marco fatal do fascismo. Pio XI advertiu contra essa aliança Mussolini, mas em vão. O ditador, segundo parece, já expiou seu crime. E Hitler o está expiando amargamente. Enquanto isto, os nazistas se retiram da Itália e aquela nação católica, libertada por fim da tirania dos hereges pardos e dos algozes de camisa preta, pode por fim respirar.
De outro lado, porque a Providência Divina dispôs que os brasileiros tivessem a glória de cooperar eficazmente nesse feito, que apresenta de certa forma a final libertação do Papado.
Neste momento, nossa alma se volta comovida para os expedicionários brasileiros que lá combatem, para seus Capelães e seus Congregados Marianos, muito especialmente para nosso companheiro de redação Clovis Garcia, e seu "jeep" chamado "Legionário". É um prazer e uma graça que um dos nossos tenha pessoalmente participado dessa luta e dessa vitória, e tenha podido realizar no campo de batalha os princípios que, segundo ele nos escreveu recentemente, aprendeu na redação deste jornal.
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Aplaudimos de coração a atitude governo norte-americano que se negou a reconhecer o "governo" que a URSS estabeleceu em Viena.
Com efeito o que se passa em Varsóvia prova à saciedade que tudo se pode recear de certas manobras diplomáticas de Moscou. Assim, pode-se temer que os comunistas desejam estabelecer-se às margens do Danúbio e bem junto da Itália Setentrional, como já tentam estabelecer-se na antiga capital dos Jagelons. Ora, isso é perfeitamente insuportável.
De fato, no caso austríaco há algo de particularmente grave. É que os comunistas se estabeleceriam precisamente nas proximidades da fronteira italiana, tentando – é obvio – um movimento de penetração em toda a península itálica. Ora, isto nos faz pensar necessariamente no Papa, cuja situação se tornaria, assim, verdadeiramente crítica.
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A este propósito, é preciso que renunciemos de vez toda e qualquer ingenuidade. É ingênuo, ou não tem boa fé, quem acredita que o comunismo renunciou verdadeiramente a seus propósitos, e deseja realizar uma ordem de coisas compatível com o catolicismo. O comunismo é uma forma extrema de socialismo. Ora, disse Pio XI que é incompatível, radical e visceralmente, com o Catolicismo. Como conceber então uma conciliação entre este e o comunismo?
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Em seu próximo número, o LEGIONÁRIO começará a publicação da magistral Encíclica "Divini Redemptoris", do S. P. Pio XI, em que o saudoso Pontífice condenou o comunismo.
Esse documento publicado com um ou dois dias de diferença da outra Encíclica famosa de Pio XI – a Mit Brennender Sorge contra o nazismo – é de uma importância ímpar nos dias que correm.
É preciso que o leiam atentamente os católicos, para compreender o abismo que os separa do comunismo... e a obrigação que têm de o combater de todos os modos e em todos os terrenos.