O LEGIONÁRIO teve ocasião de publicar, em sua
última edição, um apelo comovedor das mulheres polonesas ao Santo Padre, por
motivo dos apuros que estão passando durante o sítio de Varsóvia. As heróicas defensoras da antiga capital dos Jagellons mostraram, nas palavras dramáticas de sua
mensagem, que realmente o III Reich procede contra elas
com crueldade sem precedentes, e, ao mesmo tempo, as tropas russas, colocadas às
portas de Varsóvia, não dão um só passo para libertar a cidade.
Assim, os sovietes mais uma vez mostram que não tem
o menor empenho em defender a Polônia e a humanidade,
comprazendo-se, pelo contrário, cruelmente, em que os nazistas dizimem a
católica população da metrópole polonesa.
Sempre a colaboração velada, indireta, cruel, entre
ambos os totalitarismos, para oprimir e prejudicar os povos católicos!
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O telegrama que noticiou uma audiência concedida
pelo Sumo Pontífice Pio XII a um
"bispo" anglicano que teve, da generosidade pontifícia, autorização
para comparecer revestido de suas insígnias "episcopais", teve uma
redação que insinua um certo equívoco, no espírito público.
Não é esta a primeira vez que os Soberanos
Pontífices se dignam de receber em audiência chefes de seitas separadas da
Igreja de Deus. O mais insigne exemplo dessa condescendência paternal se
encontra na visita feita pelo rei Jorge VI da Inglaterra, ao
Santo Padre Pio XI. Como ninguém ignora, o rei da Inglaterra é chefe da igreja
anglicana. Assim, pois, não espanta que o Sumo Pontífice conceda audiência a um
bispo anglicano.
Mas o que é necessário que se frise muito é que, se
o Santo Padre condescendeu em
receber paramentado o dito "prelado", não quis, de modo algum, lhe
reconhecer a validade da sagração episcopal. Leão XIII já decidiu, em
documento oficial e definitivo, que as ordenações anglicanas são nulas, e os
"bispos" anglicanos não são, nem de longe, quer Bispos, quer
Sacerdotes. Assim, o gesto do Santo Padre tem o mero caráter de
condescendência.
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Devemos informar a nossos leitores que o
"Asilo Datuira", de Poá, em favor do qual se realizou um chá beneficente há
pouco, e que coleta donativos na população, não é católico, mas espírita.
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Consideramos lamentável que a Prefeitura do
Distrito Federal tenha autorizado o trabalho de mulheres nas empresas de
transporte coletivo. Em primeiro lugar, a mobilização está longe de ter
assumido entre nós proporções que justifiquem esta medida. Em segundo lugar, é
gravemente nocivo à moralidade pública que a mulher, que deve ser objeto de
respeito todo especial, se veja exposta a convivência promíscua dos meios de
transportes coletivos, lidando com toda espécie de gente, em toda espécie de
circunstâncias, e expondo-se, em conseqüência, a toda espécie de incidentes. De
mais a mais, a terrível crise de transportes que o Rio atravessa ainda torna
mais agudos os inconvenientes dessa deliberação que, esperamos, não seja
adotada em São Paulo.