Atendendo a um especial convite do
representante do Ministério da Aeronáutica junto à Escola Técnica de Aviação,
S. Ex.a Rev.ma. o Sr. D. Jaime de Barros Câmara,
Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro, virá amanhã, dia 1º de maio, a esta
Capital a fim de proceder à bênção daquele estabelecimento de ensino técnico,
que será solenemente inaugurado nessa ocasião.
Dada a alta dignidade que S. Ex.a
Rev.ma. ocupa e as altas virtudes de que tem dado provas na Diocese de Mossoró e nas Arquidioceses de Belém do Pará e Rio de
Janeiro, o ilustre prelado será objeto do mais caloroso acolhimento da parte
das Autoridades Eclesiásticas e fiéis em geral.
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De S. Ex.a Rev.ma. Mons. Manoel Koenner, S.V.D. Administrador Apostólico da Foz do Iguaçu,
objeto de uma aleivosa campanha difamatória que lhe foi movida por certa
imprensa, recebemos uma carta da qual destacamos as seguintes palavras:
"Cumprimentando afetuosamente ao muito prezado Senhor, agradeço penhorado
o denodo com que logo tomou a minha defesa. Desejava remeter ao LEGIONÁRIO, que
sempre mais se recomenda e impõe, o acórdão de absolvição, mas apenas aos 18 de
Abril alcancei a cópia". O texto do acórdão é o seguinte:
"Apresentando a defesa novos elementos de convicção, é de se deferir o
pedido de revisão para absolver o acusado".
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Nenhum agradecimento nos deve o
ilustre Prelado: defendendo os membros da Hierarquia, cumprimos nosso dever de
católicos, e defendendo a reputação do Clero estrangeiro, cumprimos um dever de
patriotas, porque muito lhe deve nosso país.
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É oportuno o momento para acentuar
que determinados jornais, tão pressurosos em veicular as notícias caluniosas a
respeito de S. Excia Revma.,
fingem não notar a absolvição com que nossa mais alta Corte de Justiça
reconheceu a total improcedência da acusação de que Mons. Koenner
guardava em seu poder armamentos com intuitos subversivos.
Este procedimento injustíssimo dos
mencionados jornais é o que propriamente se chama desfaçatez.
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Um distinto amigo desta folha
chamou nossa atenção para um boletim intitulado "Mundo Médico", que
se publica no Rio de Janeiro sob a direção do Sr. Calvino
Filho.
O adjetivo "médico" não
tem a menor relação com a matéria inserida na maior parte do boletim. De fato,
parece que a sua única preocupação consiste na propaganda de idéias
extremistas, habilmente disfarçadas sob um rótulo antifascista.
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Para ser antifascista deve-se ao
mesmo tempo ser anticomunista. Como para ser anticomunista é preciso também ser
antifascista. O LEGIONÁRIO, por exemplo, tem direito de atacar à vontade o
fascismo, de preferir a derrota do fascismo e do comunismo. E que todo o mundo
sabe que, passado o perigo fascista, lutaremos contra o comunismo em todos os
terrenos.
A atitude dúbia do "Mundo
Médico", e outros que tais, só serve para acreditar a falsa idéia de que
os únicos verdadeiros antifascistas são os comunistas; o que é fazer o jogo do
fascismo.