Registramos com respeitoso aplauso a atitude de Sua
Eminência o Senhor Cardeal Villeneuve, Arcebispo de Quebec no Canadá, e de S. Excia. Revma. Monsenhor Spellman, Arcebispo de Nova York, que
exprimiram de modo público e oficial a sua inteira adesão as palavras augustas
do Santo Padre Pio XII, gloriosamente reinante, acerca do problema da
integridade de Roma, Bispado de São Pedro,
e particularmente do Vaticano, sede do governo da Santa Igreja de Deus.
Sua Eminência o Cardeal Villeneuve
manifestou-se em nome próprio e no de todo o Venerando Episcopado Canadense.
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O "Estado de São Paulo" publicou há dias
o seguinte telegrama do Rio de Janeiro:
"Foi dirigida ao DASP pelo Departamento
de Serviço público do Estado do Rio a seguinte consulta:
1º) - Se a mulher servidora do Estado tem direito
ao salário família, sendo o marido estranho aos quadros de servidores;
2º) - Se o servidor pode relacionar seus filhos
adulterinos?
Como fazer a prova?
Em resposta, a Divisão de Orientação e Fiscalização
do DASP declarou que se o decreto 5.976 inclui os filhos de qualquer condição e
portanto os adulterinos entre os dependentes, e se a lei civil estabelece em
determinadas condições o vínculo de paternidade com referência aos filhos
espúrios para o efeito da prestação de alimentos, é razoável que se conceda ao
pai nessas condições, no caso de ser servidor público, o salário família, desde
que esteja o filho às expensas e sob sua guarda, o que deverá ser apurado.
Relativamente à prova sobre que se solicita
esclarecimentos, entende a D. F. do DASP que a mesma deverá ser feita na forma
da lei civil.
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Segundo telegrama da "Folha da Manhã",
procedente do Rio, cogita-se em certos círculos governamentais da instituição
do exame pré-nupcial obrigatório.
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Aplaudimos calorosamente a atitude reservada que os
governos americanos, que em sua quase totalidade vem assumindo no que diz
respeito ao reconhecimento do atual governo do General Farrel. A este respeito parece-nos interessante registrar um
tópico do artigo publicado pelo Sr. Smmer Weles, ex-subsecretário de Estado da
América do Norte, no "Estado de São Paulo" em janeiro p.p. Diz aquele
político: "O atual governo argentino é controlado por uma pequena
sociedade secreta de coronéis do exército conhecida por G.O.U. (Grupo de Oficiais
Unidos). Esta organização é dominada pelo Coronel Peron, moço, forte, fascista fanático, e inclinado a se tornar
um ditador argentino. Seus companheiros de direção são coronel Gilbert, o ministro das Relações Exteriores que profetiza
abertamente a vitória alemã, e o coronel Ramirez, chefe da polícia federal, reconhecidamente pró-nazista". O grupo a que alude o Sr. Smmer Welles tem a mais intima
relação com o governo do Cel. Farret,
e o Cel. Peron ocupa hoje o
cargo de ministro da guerra.
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O prof. Pierre Monbelg, publicou também no "Estado de São Paulo", um
artigo de que destacamos o seguinte tópico, extraordinariamente real e
oportuno: "...Chegou-se assim a uma situação exteriormente paradoxal:
vários soberanos, refugiados em terra estrangeira, dos quais alguns são muito
contestados pelos patriotas de seus próprios países, continuam a ser
oficialmente reconhecidos como os únicos governos legais pelas Nações Unidas;
em compensação, o governo francês, fixado em solo francês, tendo recebido o
apoio reiterado dos grupos de resistência francesa, somente discutido pelo
pequeno punhado dos Quislings de Vichi,
continua colocado numa posição inferior". Urge o reconhecimento do General
de Gaulle para que a França possa retomar
prontamente na política internacional e na reorganização cultural e social de post-guerra sua situação primitiva, para o bem da Santa
Igreja e da latinidade.