Causa-nos indizível satisfação a notícia que temos a
ventura de publicar em nossa primeira página a respeito da segurança pessoal do
Sumo Pontífice e da inviolabilidade do território vaticano.
Dando graças a Deus por fato tão auspicioso, vemos que a primeira impressão que
anunciamos sobre a atual situação do Sumo Pontífice não era errada. O nazismo é
por demais frio, meticuloso, maquiavélico em seu ódio, para se permitir um
ataque direto à Santa Sé. A sua propaganda e aos interesses pessoais de seus
dirigentes convém mais uma política de aparente tolerância. É esta a política
que, provavelmente, seguirão.
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Tranqüilizados em nosso temor filial por tudo
quanto diz respeito ao Vigário de Nosso Senhor Jesus Cristo, nem por isto
deixemos de orar pelo Santo Padre com redobrado fervor. Nosso zelo de filhos o deve
acompanhar nesta situação que, sem ser tão crítica como alguns imaginaram no
primeiro momento, é entretanto cheia de apreensões e dificuldades. O amor
filial não se contenta com a integridade física e a inviolabilidade dos haveres
paternos. Ela tem vistas mais profundas, indaga sobre as disposições do
coração. Enquanto está aflito o coração paterno, devem estar em preces todos os
filhos.
Se a situação está longe de impor alarmes
excessivos, também não comporta uma distensão de nossa piedade. Rezar pelo
Papa, rezar com serenidade e confiança, continua a ser para nós o grande dever
do momento. [...]
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Fez-se no Rio de Janeiro mais uma
conferência sobre ''o plano Beveridge e o Brasil''. Ao
passo que na Inglaterra as oposições ao plano foram tantas que o assunto caiu em
relativo silêncio, continua a gozar aqui toda a atualidade. Até quando havemos
de nos enfeitar com as modas velhas de outras plagas?