Depois da augusta carta em que o Sumo
Pontífice censurou o bombardeio de Roma e do substancioso comentário publicado
sobre o assunto pela Rádio Vaticano, podem os nossos leitores aquilatar a profunda
mágoa que nos vai na alma ao verificar que, mais uma vez, se atentou contra a
capital da Cristandade.
Além dos princípios gerais, que tornam
censurável o bombardeio feito contra a população civil, existe, no caso de
Roma, uma razão especialíssima: Roma é uma cidade
sagrada.
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Associando-nos, de coração, à profunda
mágoa do Vigário de Cristo, não podemos deixar de pôr em relevo que a
declaração de Roma como “cidade aberta” dependia de ambos os combatentes,
segundo também acentuou o Sumo Pontífice.
Tendo partido da Itália a sugestão em prol
da desmilitarização de Roma, é doloroso que, apesar disto, os bombardeios se
tenham repetido. Não queremos dizer com isto que a situação seja tão clara que
se possa lançar, indiscutivelmente, toda a culpa sobre os aliados. Mas a
opinião católica anseia por uma explicação a que ela tem direito, e que os
aliados ainda não lhe deram. Aguardemo-la confiantes, pois que é impossível que
um fato desta natureza se passe sem uma explicação.
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Chama-nos a atenção o fato de que o
partido comunista inglês se bata energicamente pela abertura de uma segunda
frente no próprio continente europeu, considerando atirar mais fundo o machado
nas raízes militares do totalitarismo.
Também pensamos assim, mas somos os
primeiros a considerar que uma atitude desta natureza, da parte dos comunistas,
só pode desorientar a opinião pública.
Com efeito, os comunistas são má companhia,
e só prejudicam as causas em cuja defesa acodem.
Os que desejam o esmagamento pronto,
drástico, fulminante, do totalitarismo, como prelúdio de um esmagamento não
menos drástico do comunismo, acolhem com a máxima frieza este concurso
supérfluo dos comunistas ingleses.
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O mesmo se diga de Mme.
Geneviéve Tabouts,
conhecida jornalista bolchevizante, ora refugiada nos
Estados Unidos, que deu uma entrevista em que procura atirar suspeitas contra o
General De Gaulle, afirmando que ele se tornou comunista. Nesta entrevista, a
Sra. Tabouts, que faz ardente profissão de fé giraudista, mostra-se chocada com o que chama as tendências
esquerdistas do general De Gaulle, como se não tivesse ela própria a mais
triste das crônicas neste sentido, que a torna inepta para opinar com insuspeição em tão delicada matéria.