O LEGIONÁRIO sempre sustentou o grave perigo que
corre a Fé católica em todos os países ocupados pelas hordas nazistas. Com
efeito, onde o nazismo entra, a paz religiosa se retira e a luta contra a
Religião começa. E se ela se mostra encarniçada contra as seitas que conservam
vagos e adulterados resquícios de Cristianismo [...], pode-se imaginar a
ferocidade de seu ódio contra a Igreja Católica, que é a única genuína e
autêntica de Cristianismo!
Neste sentido, parece-nos
importantíssimo o seguinte depoimento do Conde Emanuel de Bennigsen, ilustre intelectual
presentemente em nosso país, e colaborador do “Estado de São Paulo”, de cujas
colunas transcrevemos o tópico seguinte:
“As vezes tínhamos a impressão de que a
religião constitua o principal inimigo do nazismo, tão perseguida tem sido ela
em toda a Europa que no momento está submissa. Se verificarmos a porcentagem de
padres massacrados ou enviados para campos de concentração em certos países
como a Polônia ou a Checoslováquia, por exemplo, vemos que ela é muito superior
à de intelectuais e mesmo de militares”.
* * *
Nesse mesmo artigo lemos outra
informação curiosa: “Há algum tempo a estação de rádio do Vaticano divulgou uma
carta de um oficial alemão morto na Rússia, a qual continha estas palavras: “Se
eu não voltar desta guerra, quero que meu filho cresça com uma única fé, a fé
em uma Alemanha grande e poderosa. Se ele não acreditar em Deus não tem
importância para mim”.
É um exército que defende tal ideologia que
pode ter a suprema audácia de se afirmar, pela boca da quinta coluna mundial,
um exército de cruzados?
Não devemos desviar nossos olhos das
conseqüências ruinosas que a expansão nipônica e o desenvolvimento do
nacionalismo racista e pagão no Oriente podem ter quanto às missões católicas.
Ainda há dias, vejo nesta notícia de
que os nipônicos fuzilaram um bispo católico e sete missionários holandeses,
sob a alegação de que eles tinham destruído uma lancha antes da ocupação amarela
a fim de que a lancha não servisse aos invasores.
Motivo? Ou, mais provavelmente, mero pretexto para
ferir a Igreja.