O LEGIONÁRIO já
tem insistido vivamente em que vivemos numa época de deslealdade e manobras
ardilosas, em que a ofensiva dos adversários da Igreja já não tenta arrombar as
portas de nossa cidadela mas se esgueira sub-reptícia através de todas as
frestas deixadas entreabertas por nossa incúria ou ingenuidade. Daí o êxito dos
von Papen de todas as
nacionalidades e feitios. Fala-se muito nos "quislings"
dos vários países, com que se afirma que o Sr. Quisling é um fenômeno
internacional. Entretanto, não menos internacional é o fenômeno von Papen, e há "Papen" de todos os feitios e matizes nos mais variados
países do mundo.
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A prova disto
está na notícia ao mesmo tempo auspiciosa e dolorosa de que tivemos
conhecimento pelo ótimo boletim "Religião e Guerra", superiormente
dirigido pelo ilustre dominicano Pe. Morlion.
Segundo esta
notícia, um importante grupo de católicos portenhos e
de instituições religiosas de Buenos Aires iniciou um boicote contra 2 órgãos
que, afirmando-se católicos, promoviam ativa campanha em favor do
totalitarismo.
Entretanto,
totalitarismo e catolicismo são termos que se excluem e não há órgão católico
que possa afirmar-se ao mesmo tempo totalitário.
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Merece registro
a notícia de que foi preso na França o conhecido jesuíta Pe. Chaillet, que se recusou a entregar à polícia 300 crianças que a polícia
reclamava a fim de as entregar à sanha das autoridades nazistas.
Interrogado,
declarou o distinto sacerdote que não fazia senão obedecer às ordens de D. Gerlier, Arcebispo de Lyon. Um pequeno prefeito
da zona ocupada teve a audácia de pedir contas pelo fato ao ilustre purpurado. Mas
este redargüiu simplesmente dizendo que perseveraria em sua generosa atitude.
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Do já citado
boletim "Religião e Guerra" a seguinte nota:
Uma informação
que se deve considerar muito significativa, de vez que foi fornecida pela
Agência Italiana Stefani, anuncia que os japoneses
proibiram o uso da língua espanhola nos tribunais filipinos,
devendo o japonês se tornar a língua oficial, embora o inglês tenha sido,
provisoriamente, admitido também.
De acordo com a
agência italiana a "abolição do espanhol como língua oficial deve-se
considerar como o primeiro passo na revisão do problema religioso nas Filipinas e se relaciona com o
intuito do Japão de fazer com que todo o Arquipélago das Filipinas volte a seu
antigo culto asiático. As Filipinas são o único país católico no Oriente".