Conforme noticiaram os jornais na última semana,
sobe a 150 mil o número de operários franceses que foram encaminhados à
Alemanha pelo governo de Vichy, enquanto o Reich
restituiu à França 50 mil prisioneiros.
Compreendemos perfeitamente o contentamento das
famílias desses prisioneiros, que hoje se rejubilam, com a volta ao lar de seus
chefes, de seus filhos, de seus irmãos, depois de uma separação longa e
angustiosa. Mas não pode ser este nosso único sentimento diante de tal fato.
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Com efeito, acima, infinitamente acima da família
terrena há uma família sobrenatural que é a Santa Igreja Católica. Também ela
chora com lágrimas de Mãe os filhos que dela se distanciam. E isto tanto mais
quanto sair da Igreja é correr o risco não de uma morte que a Ressurreição há
de vencer, mas de morte eterna nas chamas do inferno.
Ora os 100 mil operários franceses que agora vão
trabalhar no Reich terão sua Fé exposta a mil perigos, e mil ocasiões próximas
e gravíssimas de pecado. A Igreja chora, pois, a situação de 100 mil de seus
filhos, que vão assim ser entregues à propaganda totalitária. E é preciso não
ter o menor vestígio de senso católico para não chorar com a Igreja um perigo
tão grande.
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A este propósito, vem-nos ao espírito um memorável
discurso em que Santo Padre Pio XI manifestava sua dor
pelo fato de serem enviados a Alemanha numerosos operários italianos a fim de
fazerem ali um aprendizado que se transformaria gradualmente em apostasia.
Nessa ocasião, os sentimentos da Santa Igreja sobre
o assunto ficaram bem claros, e outra coisa não podemos fazer senão vibrar de
dor juntamente com ela, quando o mesmo fato se repete agora em proporção
entretanto verdadeiramente ciclópicas.
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A respeito da situação na Índia, temos apenas uma palavra de contentamento a pronunciar.
Tardava o gesto enérgico das autoridades britânicas que paralisasse
inteiramente os cabeças do motim hindu, o que sobretudo é interessante
verificar é que na realidade a grande massa hindu não acompanhava o pensamento
de Ghandi, e que a suposta influência deste não era senão um grande
bluff
político preparado por certa propaganda.
Entretanto, estes gestos de energia só são eficazes
quando prolongados e inquebrantáveis. Seria necessário que, ainda mesmo que um
surto de recrudescimento se verifique na situação
hindu, as autoridades britânicas se manifestem firmes. Só assim o progresso
nipônico e pagão do Extremo Oriente poderá ser detido.