Na semana passada foram numerosos os incidentes e
atentados que demonstraram o crescente descontentamento dos países ocupados,
contra o jugo despótico do nazismo.
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Como católicos, lamentamos a efusão de sangue que
daí tem decorrido. Como católicos também rejubilamo-nos por ver que a
indignação geral contra o domínio pagão das hordas nazistas aumenta em todo o
território das nações vencidas.
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Na Rumânia foi morto um Sr. Ivanovictch, que exercera as funções de adido comercial em Roma e que
acabava de chegar da capital italiana. A agência “H.T.M.”, como sempre
simpaticíssima ao nazismo, asseverou que “consta tratar-se de um suicídio”.
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Em Praga, ainda segundo insuspeitíssimo
telegrama da “H.T.M.” foram fuzilados mais de 44 checos no último sábado,
elevando-se à 66 o total das vítimas da repressão nazista. Também foram
fuzilados 2 croatas, por motivo de rebelião.
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Também no território da gloriosa e desditosa França
continua a efusão de sangue.
Transcrevemos aqui o comunicado das autoridades de
ocupação alemã, acerca de um assalto a um depósito de comestíveis em Paris.
Evidentemente, não se toma a sério, e nem sequer se
comenta a alegação de que seriam bolchevistas os autores do assalto. Os
nazistas são useiros e vezeiros em caluniar seus adversários.
Enquanto isto se dá, e corre assim o sangue
francês, que atitude toma o Sr. Pétain? Não. Arranja
um jeitinho de se solidarizar contra seu “aliado” onipotente, protestando
publicamente contra os bombardeios efetuados em solo francês pelos ingleses
para libertar a França.
Confere.
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Infelizmente, prossegue na França a política de nazificação. As autoridades judiciais francesas acabam de
liberar algumas enfermeiras aprisionadas porque mataram feridos de guerra a fim
de abreviar seus sofrimentos e antecipar sua morte inevitável.
A Santa Igreja já condenou formalmente este ato,
tipicamente nazista, que constitui uma revoltante infração do mandamento: “Não
matarás”.