Em nosso último artigo de fundo, tivemos ocasião de
denunciar vigorosamente o manejo dos comunistas que, esgueirando-se entre os
adversários do “eixo”, tomam atitudes inoportunas, quixotescas, ridículas. Com
isto consegue um duplo resultado: 1 - persuadir o público de que é
verdadeiramente o comunismo que está chefiando toda a resistência anti-totalitária, de sorte que o esmagamento do
totalitarismo seria a vitória do comunismo; 2 - expor os anti-totalitários
a fracassos cruéis, em conseqüência do malicioso açodamento com que agem seus
perigosos “aliados” bolchevistas.
Foi precisamente isto que, há poucos dias atrás, se
verificou no Chile. Um senador comunista pediu a ruptura das relações
diplomáticas com os países do “eixo”. A proposta foi feita de forma tão
inoportuna que caiu. E, assim, aos olhos do público, o “eixo” só teve que
lucrar.
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O Dr. Temple, “arcebispo” anglicano de Canterbury,
divulgou um programa de reorganização do mundo depois da guerra que tem um
sentido igualitário e nivelador diametralmente oposto à doutrina católica.
Acentuamos, pois, para conhecimento de nossos leitores, que não se trata de um
Arcebispo católico, mas de um funcionário da seita protestante dos anglicanos.
Sua palavra carece, pois, de toda e qualquer autoridade em nossos meios.
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Consideramos charlatanesco
e sem importância o plano divulgado há poucos dias, através do telégrafo por um
cientista europeu, que consistia em decompor todos os cadáveres, depois das
batalhas, extraindo deles a matéria-prima necessária para a indústria.
Referindo-se a seu próprio corpo, diz o cientista que, submetido ao processo
que inventara, produziria: “100 metros cúbicos, aproximadamente, de gás
hidrogênio, suficiente para encher qualquer balão cativo; 450 ou 500 gramas de
ferro, gordura necessária para fabricar de 6 a 7 pacotes de velas iguais as que
iluminaram nossos pais ou nossos avós, todo o carvão contido em 65 grosas de
lápis comum; fósforo necessário para “encabeçar” 820.000 palitos, meio quilo de
açúcar, 20 ou 30 gramas de sal; um barril de 40 litros cheios de água”. Este
simples enunciado já traduz o desejo de impressionar o público e granjear uma
nomeada tão fácil quanto, aliás, efêmera.
Isto não obstante, devemos lembrar o mal
considerável que à moralidade pública fazem notícias como esta. Com efeito,
diminuem o respeito que se deve ter a um corpo humano, e preparam direta ou
indiretamente os espíritos para aceitar qualquer legislação contrária às sábias
e santas tradições católicas sobre sepultura dos mortos, tradições estas que só
admitem exceção em casos de real e grande calamidade pública.