A propaganda
nazista tem o hábito de atribuir a manejos judaicos ou comunistas tudo quanto
lhe desagrade. Assim, é com a maior desenvoltura que muitos dos jornais da zona
francesa ocupada pelos nazistas, bem como da chamada “zona livre”, atribuem a
manejos comunistas toda a agitação existente atualmente em território francês.
A este
respeito, é importante acentuar que, segundo despacho telegráfico da “United Press”, o Núncio
Apostólico em Paris teve uma audiência privada com o Santo Padre, depois da
qual o “Osservatore” publicou um notável artigo sobre
o assunto.
Está na ordem
das coisas que, sendo o comunismo um colaborador efetivo do nazismo, a III
Internacional tenha dado a alguns comunistas ordem para promover distúrbios, a fim
de fornecer à propaganda germânica pretextos para declarar que tudo não passa
de agitação vermelha. Por isto, muito sabiamente, o órgão oficioso da Santa Sé
não nega que haja alguma influência comunista nestes distúrbios. Mas acentua
fortemente que outros quatro importantes fatores, que nada tem a ver com o
comunismo, concorrem para isto. E entre estes fatores, o órgão do Vaticano
menciona especialmente a agitação do movimento do Sr. De Gaulle, e a aversão
que os franceses sentem à política de colaboração com o “eixo”. Sobretudo, o
órgão da Santa Sé salienta que essa agitação ameaça acentuar-se cada vez mais.
Assim, para os
católicos o assunto está resolvido: não é suficiente apelar para a influência
comunista, para explicar o que se passa na França.
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O “Legionário” tem o hábito de lamentar sempre a
extensão da influência nazista em qualquer país. Em virtude do mesmo princípio,
lamenta fortemente que a agressão do nazismo à Rússia tenha trazido como
conseqüência uma expansão da influência soviética no Irã. É uma verdadeira
lástima, que esse povo que não tem o amparo moral da Igreja Católica, pois que
é pagão, se veja exposto de modo tão deplorável às doutrinações do paganismo
totalitário de nossos dias.