No momento em que escrevemos, não possuímos ainda,
infelizmente, as estatísticas do retiro no último carnaval. Em todo o caso,
segundo o noticiário que esta folha pública hoje, torna-se evidente que também
desta vez a mocidade inscrita nas associações fundamentais e auxiliares da Ação
Católica se portou à altura de suas obrigações, reagindo vigorosamente, pelo
seu admirável exemplo, contra a corrupção carnavalesca dos festejos de Momo.
Mas seria um erro imaginar que o retiro é apenas
uma reação contra o carnaval. Muito mais do que isto, ele é um movimento de
ascensão corajosa até Deus, um impulso de almas que se entregam generosamente à
Santa Igreja na meditação e no recolhimento. Ele é um grande meio de
santificação. E a sede com que a ele recorrem tantas almas constitui a prova de
um grande anseio de perfeição moral. Este é que constitui um grande aspecto
essencial dos retiros de carnaval, a respeito do qual não podemos fechar os
olhos.
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De fato, o “Legionário”, que se vê com tanta
freqüência obrigado a noticiar fatos lamentáveis, sente verdadeira dilatação do
espírito pensando que cresce em número os que tem verdadeira “fome e sede de
virtude” em nosso povo.
Houve quem dissesse que o Brasil é um deserto de
homens e de idéias. A “boutade”,
espirituosa se bem que picante, faz nos pensar nos retiros espirituais, quando
os homens se recolhem ao deserto da contemplação, longe de tudo quanto atrai
para este mundo e, bem junto de Deus, tem eles certamente idéias. E não
daquelas idéias de corrupção e de morte, tão numerosa em nosso século, mas
daquelas idéias de salvação e de vida, de que o mundo tanto precisa, idéias
fundadas na rocha da Doutrina Católica, orvalhadas pela graça de Deus, e por
isto mesmo contendo uma firmeza e uma fecundidade que as coisas humanas não
possuem.
Positivamente, não há melhor modo para curar o
Brasil e o mundo que não o retiro espiritual.
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Merece uma referência especial o falecimento de
Afonso XIII. De um lado, esse monarca, se bem que afastado do
exercício das funções governamentais, representou durante muito tempo um país
intimamente vinculado ao nosso por laços religiosos, históricos e raciais dos
mais íntimos. Do outro lado, deve-se reconhecer que Afonso XIII, tendo embora
praticado erros de que pouquíssimos homens de Estado, em seu tempo, ficaram
isentos, foi sempre de grande correção para com a Igreja Católica e a Santa Sé,
o que constitui um título impar para a consideração e estima de todos os católicos.
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Recentemente, quanto mais agudo andavam os boatos
de uma invasão alemã na Bulgária, o partido comunista búlgaro distribuiu
profusamente folhetos em que se aconselhava o povo a manter uma atitude de
resistência meramente passiva à vista da ineficácia de qualquer outro meio de
reação.
Confere.