Tem o mais delicado e
transcendental significado, quer do ponto de vista religioso, quer patriótico,
o gesto da peregrinação baiana que, trazendo à São Paulo a imagem do Senhor do
Bonfim, vem agradecer o gesto de fraternal cordialidade dos
católicos paulistas, que presentearam a Bahia com uma imagem de Nossa Senhora
Aparecida.
O “Legionário”, que
sempre foi inimigo resoluto de quaisquer bairrismos
mesquinhos ou separatismos criminosos, não pode
deixar de acolher com júbilo a fidalga e piedosa prova de amizade dos católicos
baianos.
* * *
Entretanto, seja-nos
lícito realçar o significado profundo do fato. Vale ele por um ato de Fé,
imediatamente aplicado a um dos problemas fundamentais do Brasil, que é o de
nossa unidade.
É muito conveniente que
se procure, por todos os meios, estreitar uma unidade orgânica e
inteligentemente entre todos os Estados do Brasil. O “Legionário” sempre
aplaudirá todos os esforços que neste sentido se desenvolverem.
Isto não obstante não deixa de ser absolutamente
verdadeiro que tais esforços, por mais meritórios e constantes que sejam, serão
inteiramente vãos sempre que não tiverem por base Nosso Senhor Jesus Cristo.
Com Cristo, e em Cristo, que o Brasil deve ser unido. Sem esta base, esta união
não será outra coisa senão uma palavra oca.
Assim se explica largamente o júbilo piedoso e
patriótico com que São Paulo recebeu a peregrinação baiana.
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Notícia proveniente da Noruega afirma que o
governo do tristemente famoso Sr. Quisling acaba de resolver
que a polícia tem o direito de violar o sigilo profissional dos advogados e dos
médicos, bem como... o do confessionário!
Evidentemente, o fato implica no desencadeamento de
uma verdadeira perseguição religiosa na Noruega. Jamais um Sacerdote católico
poderá consentir em violar o segredo do confessionário para satisfazer a
curiosidade criminosa da polícia “norueguesa”. O martirológio não está vazio de
nomes de mártires do sigilo do confessionário. O Sr. Quisling
esbarrará diante do mesmo obstáculo sobrenatural e insuperável diante do qual
outros tiranos já esbarraram.
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Ai do país em que uma pessoa não pode mais abrir-se
francamente com seu médico, a fim de obter a cura de seu corpo. Ai do país em
que uma pessoa não se pode mais abrir com seu advogado, para obter a defesa de
seus direitos. Mas mil vezes mais infeliz o país que tenta violar a paz das
consciências, o segredo augusto do Sacramento da Penitência para transformar o
Ministro de Deus em um vil traidor de seus deveres, o Pastor em lobo devorador,
a confiança filial do penitente em meio miserável de exercer a delação!
Evidentemente, não é a Noruega nem é a Alemanha que
responsabilizamos por este tristíssimo fato. Mas os ideólogos que semearam
germens doutrinários que produzem tais conseqüências; estes não podem deixar de
ter severíssimas contas a acertar perante Deus.