Para gáudio nosso, podemos registrar que Monsenhor Duparc, Bispo de Quimper, na Bretanha,
lançou uma pastoral contra o separatismo bretão, publicado pelo jornal “Paris Soir”.
De um lado, a simples publicação de tal documento
demonstra que o “Legionário” esteve longe de errar quando atribuiu a esta
questão a atualidade e a importância devida. Quem conhece a circunspecção com
que habitualmente procedem as autoridades eclesiásticas, admitirá facilmente
que aquele Prelado francês não terá tomado atitudes tão enérgicas, máxime em momento tão delicado, para combater um perigo que
se apresentava com caráter premente.
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Outra consideração a que se presta a atitude de S.
Ex.a Rev.ma é que o “Legionário” não exorbitou da linha de conduta que deve
manter como órgão estrita e exclusivamente católico, tratando desta questão. Se
ela foi julgada tema adequado para a pastoral de um Bispo, “a fortiori”
pode ser considerada matéria própria a ser analisada por um jornal católico.
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Hitler tem encontrado em seu caminho a
cumplicidade de simpatias ardentes, que tem fornecido à 5ª coluna muitos de
seus mais eficazes elementos. Seria um erro supor que a venalidade é a única
raiz de tais simpatias. Sob todos os pontos de vista a revolução nazista deve
ser considerada como digna herdeira e sucessora dos movimentos liberais e
bolchevistas. E assim como o liberalismo e o comunismo, por um insondável
mistério de iniquidade, venceram a cumplicidade de pessoas diretamente interessadas
em sua destruição – aristocratas e burgueses de todos os países e de todas as
categorias – assim também o nazismo tem podido contar com a cooperação eficaz
de aliados que com isso sacrificaram seus mais fundamentais interesses.
O mundo inteiro poude
contemplar com dolorosas surpresas certos grã-finos comunistas, que apoiavam o
bolchevismo, levando tão longe seu amor do mal e a corrupção de sua
inteligência, que chegavam a lhe sacrificar seus mais fundamentais interesses.
O mesmo se deu com o nazismo.
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É este o caso do Duque
de Bucceleuck, cuja irmã é casada com o Duque de Gloucester, irmão de Jorge VI. Dotado de imensa fortuna, este fidalgo,
que exercia na corte inglesa funções do mais alto relevo, tinha todo o
interesse em apoiar uma política de defesa diplomática e militar enérgica do
Império Britânico. Entretanto, desvairado por uma falsa ideologia que chegou a
extinguir nele a noção de honra e do conhecimento dos deveres ligados à sua
alta categoria, levou tão longe sua simpatia à Hitler que, por
deliberação do monarca inglês, foi privado de todas as funções que exercia na
corte. O Duque de Bucceleuck era conhecido como um
dos mais fervorosos partidários da política de Munich
e do Sr. Neville Chamberlain.
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Registramos com prazer que o Príncipe de Starhemberg, antigo colaborador do inolvidável chanceler Dollfuss, deu sua adesão a um movimento encabeçado pelo general De
Gaulle.
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Costuma-se censurar às vezes esta folha sob o
vulgar pretexto de que sua atitude desassombrada excita o rancor dos inimigos
da Igreja. Sem querer comparar o nosso hebdomadário com um dos mais nobres
institutos existentes na Igreja, que é a Companhia de Jesus, não podemos deixar
de nos confortar com os princípios contidos no segundo trecho da carta
recentemente dirigida por S. Santidade o Papa Pio XII ao Pe. Wlodomiro Ledochowski: “Se
os inimigos do Divino Redentor e de Sua Igreja desencadearam contra a Vossa
Companhia, ódios e rancores insólitos, isto, longe de ser desonra, constitui
para vós motivo de sumo louvor. Todo aquele que segue a Cristo Senhor com
especial fidelidade e amor operoso, é de certo modo necessário ser objeto de
inveja e de execrações por parte dos perversos. É isto o que já predissera o
Nosso Salvador para os seus Apóstolos: ‘...Sereis aborrecidos de todas as
gentes por causa do Meu Nome...’ ‘Se fosseis do mundo, o mundo amaria o que é
seu; mas como não sois do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por isso o mundo
vos odeia.’
“Não desfaleçais, portanto, em meio a quaisquer
perseguições, acusações, calúnias, mas lembrai-vos
daquela palavra: ‘bem-aventurados os que padecem perseguições pela justiça
porque deles é o reino do céus’, prossegui com ânimo alegre nos vossos
santíssimos empreendimentos, regozijando-vos sobremaneira como os Apóstolos ‘Porque
fostes julgados dignos de padecer injúria pelo nome de Jesus’.”