Registramos com satisfação a Missa celebrada
solenemente por S.E. o Cardeal Dom Sebastião Leme, por ocasião da comemoração dos centenários portugueses
no Rio de Janeiro.
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Muito se tem escrito sobre as várias e legítimas
razões de ordem temporal que justificam e, mais do que isto, impõem uma
política de afetuosa aproximação luso-brasileira. O “Legionário”, a estas razões, quer
acrescentar uma outra, que já não é de ordem meramente temporal.
A Portugal devemos o benefício
inestimável de nossa Fé. Vale este benefício infinitamente mais do que todas as
vantagens materiais que a administração portuguesa nos possa ter trazido. E a
Fé cria entre nós laços infinitamente mais íntimos e mais suaves do que a
afinidade racial. De Portugal recebemos além dos Missionários, veneráveis
tradições de vida doméstica e social, impregnadas do mais genuíno espírito
católico. A manutenção destas tradições não pode deixar de ser objeto de uma
atividade especial da Ação Católica. E, finalmente, por este motivo os
católicos devem considerar com especial simpatia qualquer obra de aproximação
com Portugal.
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No magnífico discurso que dirigiu ao Sacro Colégio
Cardinalício, S.S. o Papa Pio XII dirigiu um patético apelo a todas as
potências beligerantes no sentido de observarem, quer durante as batalhas, quer
no modo de tratar as populações conquistadas, os preceitos da moral católica
tão cheia de misericórdia e doçura.
Longamente, insistiu S.S. no sentido de demonstrar
que pleiteando a aplicação de tais princípios não tinha o intuito velado de
prejudicar estes ou aqueles, mas apenas de proteger as populações desamparadas.
Todos os católicos devem orar intensamente para que
o apelo do Santo Padre seja atendido.
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Registramos com satisfação o extraordinário êxito
que teve o Congresso Eucarístico de Rio Preto. Inútil seria dizer a grande
parte de méritos que, em tal sucesso, toca ao apostólico bispo daquela diocese
e a seus eminentes auxiliares. Depois de ter glorificado de modo tão ardente a
Nosso Senhor, quer por suas aclamações, quer por suas preces, tudo leva a crer
que a diocese de Rio Preto, já tão promissora sob o ponto de vista religioso,
cresça ainda mais no amor de Deus. É próprio dos Congressos Eucarísticos
deixarem atrás de si resultados preciosos de santificação individual e social.
Estes são os felizes frutos que a intensa participação do povo ao Congresso faz
prenunciar.
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Idênticas são as reflexões que devemos quanto à participação
das autoridades civis. Esta participação, intrinsecamente, significa uma
convicção e exprime uma atitude. Esta convicção e esta atitude autorizam a
esperança de que o Brasil se mantenha sempre na linha de suas tradições
católicas, e portanto sempre muito longe dos desmandos totalitários para os
quais o mundo inteiro vai descambando.