O
gesto do Governo húngaro, condecorando S. Ex.a Rev.ma, o Sr. Dom Domingos de
Silos Schelhorn, Abade do Mosteiro de São Bento nesta
Capital, teve grata repercussão nos círculos católicos.
Aquele
insigne Prelado, que se tem distinguido constantemente por sua piedade e por
suas raras qualidades, goza de uma estima e de um respeito geral, motivados por
sua alta dignidade, e pelo valor de sua personalidade. Pelo que causou
pronunciada satisfação ver-se que a Hungria soube reconhecer os serviços por
ele prestados aos interesses espirituais da colônia húngara.
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Consideramos
digno de particular registro o que nos informaram telegramas procedentes da
Europa na semana finda. Segundo eles, na parte do território polaco ocupada
pela Alemanha, o governo nazista ordenou extensos e sistemáticos confiscos de
propriedades individuais, a título de benefício para o interesse do Estado.
Não
houve indenização aos proprietários.
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Chamamos
a atenção de nossos leitores para o edital da Cúria Metropolitana, que, a
propósito da realização da “Semana Operária”, manda que se lance mão de todos
os meios para que os católicos compreendam sempre mais e mais a importância da
questão social em nossos dias.
Essa
sábia determinação de S. Ex.a Rev.ma. o Sr. Arcebispo Metropolitano implica na
afirmação de um princípio que sempre dirigiu e orientou as atividades desta
folha. Não há, no Brasil, em matéria de atividade apostólica, obra mais eficaz
e mais compensadora do que trabalhar para que os católicos se tornem sempre
mais conhecedores dos problemas da atualidade, de forma a se sentirem aptos a
traduzir em atitudes eficazes as ordens incessantes que a Santa Sé dá
constantemente aos fiéis neste sentido.
Assim,
além da organização de festivais e coletas, mandou S. Ex.a Rev.ma. que se
fizesse esse trabalho de formação da mentalidade do laicato católico. E
determinou que a Ação Católica trabalhasse para multiplicar o mais possível os
Círculos Operários.
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Tudo
isto, entretanto, nos conduz a outra ordem de idéias. Se é fato que, no terreno
do apostolado, este trabalho de alertamento da
cultura católica é fundamental, o incomparavelmente mais expressivo do que
outros objetivos apostólicos cujo alcance certos espíritos percebem mais
facilmente, do que valeria tudo isto sem a formação?
De
fato, se os espíritos não tiverem uma séria vida interior, animada por uma
piedade sólida, por uma instrução religiosa efetiva e concretizada por uma luta
incessante contra si mesmos, do que poderá valer tudo isto? As maiores
organizações se esfarelariam e desapareceriam em pouco tempo se não tivessem
por base a formação. Ou, o que é pior, se transformariam, como as irmandades maçônicas do tempo de Dom Vital... e suas
congêneres de todos os tempos inclusive o nosso, em instrumentos de guerra mais
ou menos surda à Igreja.