Intensifica-se cada vez mais,
entre nós, a propaganda protestante. Assim, percebe-se com clareza sempre maior
a oportunidade das palavras com que o Santo Padre, dirigindo-se ao Cardeal Dom
Sebastião Leme, aconselhou os brasileiros a debelarem quanto antes a praga da
heresia, especialmente sob suas formas protestante e espírita.
O dia de finados serviu, aos
hereges, como oportunidade para uma propaganda intensa. Sobre nossa mesa de
trabalho, temos um folheto distribuído com o titulo “Se assim não fosse...”,
profusamente distribuído no dia 2 por um Instituto de Cultura Religiosa
protestante, que deve ser a imitação do estabelecimento congênere, fundado
pelos RR. PP. Jesuítas no Colégio S. Luiz. Tal Instituto protestante,
inaugurado com grande solenidade, constitui, aliás, um índice expressivo da
intensidade com que agora se procura difundir a heresia entre nós.
Contra
esses perigos, vigiemos e oremos. Oremos, para que sejamos católicos sempre
mais piedosos, sempre mais rigorosos, sempre mais intransigentes, sempre mais
combativos. E vigiemos para que a luta não nos surpreenda dormindo.
Se
nós, católicos, soubermos cumprir esse dever, nenhum perigo poderá ameaçar a
Pátria brasileira.
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Deplorável é a notícia dada pela
Princesa Radziwil, residente em Paris, sobre o
fuzilamento, por parte dos bolchevistas, de todos os seus parentes próximos,
residentes na Polônia. Esse fato, que destoa dos mais comezinhos princípios da
caridade mostra claramente os malefícios que a invasão comunista, subseqüente
ao pacto teuto-russo, produziu na Polônia.
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As
mesmas causas produzem sempre, e por toda parte, os mesmos efeitos. O comunismo
está reeditando na Polônia as tristíssimas cenas que produziu na Espanha. Assim
é que o órgão da Santa Sé noticiou que os sovietes bombardearam a Igreja dos
PP. Jesuítas em Pinsk, aprisionando muitos religiosos
e deportando outros. Consta que vários foram fuzilados. O Bispo de Pinsk e seu auxiliar, ao que parece, também foram assassinados.
O ensino religioso foi suprimido nas escolas. E os campos já foram divididos
entre os camponeses. Em Lwow, várias igrejas foram
destruídas. E, assim por diante, segundo o órgão do Vaticano, toda a Polônia “sovietizada” continua a ser objeto das maiores atrocidades.
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Daí
se deduz com toda a clareza quão errônea é a impressão que alguns ingênuos,
absolutamente incorrigíveis, tiveram quando foi assinado o pacto de não
agressão entre os governos bolchevista e nazista. Supuseram eles que a Rússia, agora,
iria se “desbolchevizar”. Muito pelo contrário, não
só ela não se “desbolchevizou”, como está
bolchevizando a Polônia.
Mas
ainda continua a haver cegos que não querer ver.