Legionário, N.º 374, 12 de novembro de 1939

7 DIAS EM REVISTA

Intensifica-se cada vez mais, entre nós, a propaganda protestante. Assim, percebe-se com clareza sempre maior a oportunidade das palavras com que o Santo Padre, dirigindo-se ao Cardeal Dom Sebastião Leme, aconselhou os brasileiros a debelarem quanto antes a praga da heresia, especialmente sob suas formas protestante e espírita.

O dia de finados serviu, aos hereges, como oportunidade para uma propaganda intensa. Sobre nossa mesa de trabalho, temos um folheto distribuído com o titulo “Se assim não fosse...”, profusamente distribuído no dia 2 por um Instituto de Cultura Religiosa protestante, que deve ser a imitação do estabelecimento congênere, fundado pelos RR. PP. Jesuítas no Colégio S. Luiz. Tal Instituto protestante, inaugurado com grande solenidade, constitui, aliás, um índice expressivo da intensidade com que agora se procura difundir a heresia entre nós.

Contra esses perigos, vigiemos e oremos. Oremos, para que sejamos católicos sempre mais piedosos, sempre mais rigorosos, sempre mais intransigentes, sempre mais combativos. E vigiemos para que a luta não nos surpreenda dormindo.

Se nós, católicos, soubermos cumprir esse dever, nenhum perigo poderá ameaçar a Pátria brasileira.

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Deplorável é a notícia dada pela Princesa Radziwil, residente em Paris, sobre o fuzilamento, por parte dos bolchevistas, de todos os seus parentes próximos, residentes na Polônia. Esse fato, que destoa dos mais comezinhos princípios da caridade mostra claramente os malefícios que a invasão comunista, subseqüente ao pacto teuto-russo, produziu na Polônia.

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As mesmas causas produzem sempre, e por toda parte, os mesmos efeitos. O comunismo está reeditando na Polônia as tristíssimas cenas que produziu na Espanha. Assim é que o órgão da Santa Sé noticiou que os sovietes bombardearam a Igreja dos PP. Jesuítas em Pinsk, aprisionando muitos religiosos e deportando outros. Consta que vários foram fuzilados. O Bispo de Pinsk e seu auxiliar, ao que parece, também foram assassinados. O ensino religioso foi suprimido nas escolas. E os campos já foram divididos entre os camponeses. Em Lwow, várias igrejas foram destruídas. E, assim por diante, segundo o órgão do Vaticano, toda a Polônia “sovietizada” continua a ser objeto das maiores atrocidades.

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Daí se deduz com toda a clareza quão errônea é a impressão que alguns ingênuos, absolutamente incorrigíveis, tiveram quando foi assinado o pacto de não agressão entre os governos bolchevista e nazista. Supuseram eles que a Rússia, agora, iria se “desbolchevizar”. Muito pelo contrário, não só ela não se “desbolchevizou”, como está bolchevizando a Polônia.

Mas ainda continua a haver cegos que não querer ver.