No dia 15 pp., a Santa Igreja
comemorou a Assunção de Nossa Senhora. Por isto, a Federação das Indústrias, a
Associação Comercial, a Associação dos Varejistas, a Bolsa de Fundos Públicos e
o Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado não
funcionaram.
Publicaram um aviso ao público
comunicando o fechamento de seus respectivos estabelecimentos as seguintes
casas: A Exposição, São Nicolau, Alemã, Lemcie, Kosmos, Paiva, Fretin, Tecelagem Francesa, Fausto, Chapelaria Alberto,
Chapelaria Mario Chiodi, Hamburgueza, Preço Fixo, Chapelaria Crespi,
Têxtil Moderna, Lyon Fabril, Husson,
Serafim Chiedi, Pio XI, Casa Fortes e Casa das Lonas.
Evidentemente o “Legionário”
aplaude com toda a satisfação esse gesto expressivo das referidas instituições
e firmas comerciais. O valor do que elas fizeram é especialmente digno de
menção à vista do fato de não ter sido feriado nem ponto facultativo o dia 15
pp., pelo que puderam funcionar livremente os concorrentes de muitos dos
estabelecimentos aludidos.
Mas o respeito que a Igreja
preceitua nos dias santificados, respeito que importa em obrigação
particularmente grave para as firmas que tem muitos empregados, justifica
largamente tal sacrifício.
* * *
A este propósito, entretanto,
devemos registrar que não compreendemos a atitude das casas bancárias que em
tais dias se abrem para cobrança. Por que abrir para cobranças? Por que tais
bancos, que em geral regurgitam de capitais, fazem questão de receber seus
pagamentos pontualmente, mesmo em dias santificados? Por meio de tal praxe, o
banco se beneficia amplamente. Haverá razão legítima para tal?
* * *
O “Legionário” tem mostrado
insistentemente como, a despeito de certas aparências enganadoras, todos os
adversários da Igreja cooperam harmoniosamente entre si para a destruição do
Catolicismo e como são, portanto, ingênuos os católicos que pensam em poder
contar com o apoio de uma heresia qualquer para combater a outra.
Exemplo frisante disto é a curiosíssima notícia que a “Gazeta” publicou recentemente,
segundo a qual, na Alemanha, apesar de a Polícia nazista fiscalizar e embaraçar
por todas as formas as mais importantes iniciativas beneficentes católicas, o
“Exército da Salvação”, depois de um rigoroso exame feito pelas altas
autoridades nazistas, obteve carta branca para trabalhar lá. De sorte que o
nazismo fecha as instituições de caridade católicas, e atira automaticamente a
população indiferente, e premida pela fome, aos braços da propaganda
protestante.
* * *
À margem deste fato, cabe outra
reflexão. O Exército da Salvação se diz cristão. Como, então, não cora ele por
ser objeto da simpatia e do beneplácito de um governo para o qual o Santo Nome
de Jesus Cristo é um estigma que torna odiosa qualquer instituição católica,
por mais beneficente que seja? Qual é o quilate do “cristianismo” que existe no
Exército de Salvação? Evidentemente um “cristianismo” tão diluído que não é
senão a caricatura do Cristianismo autentico.
E ainda há gente que pensa que
esse “cristianismo” vago e inconsistente pode servir de base para a reforma do
mundo! Não percebe tal gente que o único Cristianismo autentico é o que é
pregado pela Igreja Católica? E que entre esse Cristianismo e os demais há a
diferença existente entre o sol e as trevas, a jóia verdadeira e a
quinquilharia sem valor dos ourives do bairro?
* * *
Um
telegrama de Roma informa que se estabeleceu na Itália um acordo com a Alemanha
no sentido de se fazer, pelo livro, pelo jornal, pelo teatro e pelo rádio uma
intensa propaganda recíproca, de um país no território do outro.
De
sorte que, direta ou indiretamente, com mais ou menos disfarce, a Itália, jóia
preciosa na qual a Providencia engastou a sede de Pedro, vai ser teatro de uma
intensa propaganda nazista.